14. História da Salvação I

Encontros de catequese catecumenato
Material para catequese
Material para catequese

TEMPO DO CATECUMENATO
5ª CATEQUESE:
HISTÓRIA DA SALVAÇÃO I

1 – OBJETIVO:

Apresentar a Aliança de DEUS com ABRAÃO para que conheçam a história da salvação.

2 – ACOLHIDA:

Acolher com palavras amigas os catequizandos e colocá-los, se possível, em círculo, deixando-os bem à vontade.

3 – ORAÇÃO INICIAL:

Traçar o Sinal da Cruz e rezar uma oração invocando o ESPÍRITO SANTO. Pode ser cantada

4 – MOTIVAÇÃO:

Apresentação do tema – dizer que este tema será estudado em dois encontros – este é o primeiro. (Pode ser feita uma dinâmica, para ajudar a despertar o interesse).

5 – CÂNTICO DE ACLAMAÇÃO À PALAVRA.

Escolher conforme o tema

6 – PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS:
Gn 12, 1-3 – Leitura Orante

7 – APROFUNDAMENTO DO TEMA:

Deus, em sua sabedoria e bondade, quis revelar-se a si mesmo e tornar conhecido o mistério de sua vontade (cf. CIC 51). Para isso, DEUS escolhe um povo e a ele se revela. Gradativamente, prepara-o para a Salvação que se realizará plenamente
na pessoa de JESUS CRISTO.

O Antigo Testamento prepara o caminho para JESUS. Por isso, é necessário conhecermos a história do povo de Deus, isto é, a HISTÓRIA DA NOSSA SALVAÇÃO. A preparação do povo de DEUS inicia-se com o chamado de uma pessoa muito especial, chamada ABRAÃO (Gn 12,1-11).

No tempo de Abrão, as pessoas eram politeístas, isto é, acreditavam na existência de muitos deuses. E essa era a realidade de Abrão. Deus escolhe Abrão, para formar um povo, do qual seria único Deus e Senhor.

Abrão era caldeu, vivia na cidade de Ur, na Caldéia, que hoje é a região do Iraque, quando foi chamado por DEUS, por volta de 1850 antes de Cristo.

Abrão era casado com uma mulher chamada Sarai que era estéril e não podia lhe dar filhos. Já idoso, Abrão se sentia fracassado, porque não tinha o que mais desejava: uma descendência para quem deixasse sua experiência de vida e seus bens. Nessa situação, ele ouviu a voz de DEUS; era um DEUS diferente do que ele conhecia que lhe falava fazendo-lhe uma promessa que humanamente é impossível: “dar-lhe bênção, uma terra e uma descendência inumerável”. A ele que tinha uma esposa também idosa e estéril. Essa descendência é a descendência da Fé de Abraão.

Com Abrão, começa a surgir o embrião de um povo novo que terá a missão de levar a Bênção de DEUS para todas as nações da terra. Esse povo será portador do projeto de DEUS: refazer, no homem, a imagem e semelhança de DEUS, desfigurada pelo pecado. O caminho começa pela Fé: Abrão atende o chamado divino e aceita todos os riscos. Deixa-se conduzir totalmente por DEUS. Sai da sua terra, sem saber para onde vai.

Ele parte, acompanhado de sua mulher Sarai e de seu sobrinho Ló, com todos os seus servos e seus rebanhos; não deixam nada para trás; estão totalmente abandonados em DEUS. Não foi fácil; foi uma experiência de Fé.

FÉ não é, simplesmente, acreditar em Verdades sobre DEUS. FÉ é responder a um chamado pessoal de DEUS, a uma vocação, porque toda a nossa vida é feita de vocações (chamados) de DEUS; é abrir o coração para a vontade de DEUS.

O capítulo 15 do Gênesis apresenta Abrão pedindo a DEUS uma prova de que realizará o que prometeu. E DEUS firma com Abrão um contrato, uma aliança.

Nesse pacto que DEUS faz com Abrão, Ele não lhe pede nada além de confiar nEle.

É DEUS quem se compromete com o homem! É Ele quem realiza a obra! Apesar das infidelidades do homem, DEUS sempre será Fiel.

Como o tempo passava e Sarai não engravidava, cedeu uma escrava para que Abrão gerasse um filho com ela. Assim nasce Ismael. Porém, Deus diz a Abrão que este não é o filho da promessa. Reafirma que Sarai, mesmo idosa e estéril, dará à luz um filho e dele se originará todo o Povo da Aliança. Deus aparece a Abrão novamente e muda seu nome para Abraão e o de Sarai para Sara, pois haviam se tornado novas criaturas a partir do encontro com o Senhor. Também nessa ocasião DEUS dá a Abraão o sinal da circuncisão que será o sinal externo da pertença ao povo de DEUS. A circuncisão é sinal do Batismo porque é através dele que nós
começamos a fazer parte do novo povo de DEUS, a Igreja.

E DEUS disse a Abraão: “Anda na minha Presença e sê perfeito”! (Gn 17,1).

Graças a essa Fé poderosa, Abraão tornou-se o “pai dos crentes” (dos que creem), o “pai da Fé”. Abraão é também chamado, na Escritura, de “amigo de DEUS” (Tg 2,23), porque viveu a vontade de DEUS.

Deus cumpriu integralmente sua parte na Aliança. Conduziu o povo até a terra prometida (Canaã) e garantiu a descendência de Abraão, pois Sara gerou um filho, Isaac. Abraão, por sua vez, foi fiel ao Senhor e não hesitou nem mesmo quando Deus lhe pediu para sacrificar seu próprio filho, aquele em quem ele pôs toda a esperança da sua vida! Ele seria o seu herdeiro; dele iria sair a descendência que Deus lhe prometera! Vendo a fidelidade de Abraão, porém, o Senhor poupou a vida de Isaac e acreditou nele (Gn 22,1-18).

Isaac, o filho que nasceu da promessa, casa-se com Rebeca e têm dois filhos:

Esaú e Jacó. Jacó casou-se com as duas filhas de seu tio: Lia e Raquel e, com elas, teve doze filhos e uma filha. Jacó, na sua volta para casa, teve um encontro com Deus que lhe muda o nome dizendo-lhe: “Não te chamarás mais Jacó, mas Israel, porque foste forte com Deus”! (Gn 27,41 até cap. 32).

Dentre os filhos de Jacó, um se destaca e tem sua história contada em capítulos à parte: José, que em muitas coisas remete à figura de Jesus Cristo. Ele foi vendido pelos seus irmãos por inveja. Foi levado para o Egito onde viveu algum tempo como escravo. Porém, um dia decifra os sonhos do Faraó e salva todo o povo prevendo os anos de fartura e os de seca nos campos cultivados pelos egípcios. O faraó confia a ele a administração de todo o Egito e o exalta colocando-o como a primeira autoridade no Egito, abaixo apenas de si. Por causa de José, Jacó e seus filhos vão para o Egito e ali vivem por muitos anos. Os descendentes dos filhos de Jacó serão conhecidos como “as doze tribos de Israel”, conservando, cada tribo, o nome de um filho. Ex.: Tribo de Simeão, tribo de Judá, etc.

Assim, o povo originário de Abraão foi depositário da promessa feita aos patriarcas (Abraão, Isaac e Jacó).

8- PARA PENSAR

Agora que conhecemos um pouco da história da salvação, meditemos:

O que a história da salvação diz para mim, para nós?

Minha fé se parece com a fé de Abraão?

9 – VIVER A PALAVRA

Ler e meditar em casa a história de José e seus irmãos escrita em Gênesis, Capítulos 37 a 50 e refletir sobre a relação pessoal entre os irmãos.

10 – ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL

O catequista estende a mão sobre os catequizandos, enquanto faz a oração. Pode pedir que se inclinem para receber a bênção.

Oração: Que o Senhor abra o vosso coração à Sua Palavra e que Ela vos leve à Fé.

Que a sua luz possa dar sentido e rumo para a vossa vida; que, nela, vós encontreis coragem, esperança e, principalmente, possais sentir-vos amados por DEUS e aprendais a amar a Deus e ao próximo.

Aumentai, Senhor, a fé destes vossos filhos, para que vivam mais intensamente a vida que consiste em vos conhecer e ao Vosso Filho que enviastes. Amém!

Cateq.: Que o Senhor seja a vossa força e a vossa luz. Ide em Paz e que o Senhor vos acompanhe! Em nome do Pai e do filho e do espírito Santo

Todos: Amém!