17. Os Dez Mandamentos

Encontros de catequese catecumenato
Material para catequese
Material para catequese

TEMPO DO CATECUMENATO
DECÁLOGO – OS DEZ MANDAMENTOS
2ª. PARTE – NOSSA RELAÇÃO COM OS IRMÃO

1 – OBJETIVO:

Continuar apresentando os mandamentos da lei de Deus que formam as estruturas sobre as quais se fundamenta a moral católica.

2 – ACOLHIDA:

Preparar a mesa com flores, vela, bíblia aberta, a cruz, (cartaz com a cópia dos “Dez Mandamentos” preparado pelo catequista).

3 – ORAÇÃO INICIAL:

Com o grupo em círculo, pedir aos catequizandos que tracem o Sinal da Cruz um na fronte do outro e rezar invocando as luzes do Espírito Santo para que ilumine este grupo e o encontro.

4 – MOTIVAÇÃO:

Acolher com alegria e, em poucas palavras, dizer que este encontro dará continuidade ao anterior, para concluir o estudo sobre os Mandamentos que o Senhor deu a Moisés para que instruísse seu povo enquanto este marchava para a terra prometida. Lembrar que eles são para nós, Igreja hoje, Mandamentos da Lei de Deus.

(Fazer um momento de partilhar sobre o viver a Palavra do encontro anterior)

5 – CÂNTICO:

De acordo com o tema.

6 – PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS:
Lc 10,25-28 – Leitura Orante

7 – APROFUNDAMENTOS DO CONTEÚDO DA CATEQUESE
MANDAMENTOS DO 4º AO 10º:
4º MANDAMENTO:

“Honra teu pai e tua mãe…” (Cf. Ex.20, 12): “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Ex 20,12).

De acordo com este mandamento, Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e todos os que Ele, para o nosso bem, investiu de autoridade. (Cf. CIC 2197).

A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bemestar da comunidade conjugal e familiar. Os filhos devem aos pais respeito, gratidão, justa obediência e ajuda. O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar. A paternidade divina é a fonte da paternidade humana; é o fundamento da honra devida aos pais. O respeito dos filhos, menores ou adultos, pelo pai e pela mãe alimenta-se da afeição natural nascida do vínculo que os une e é exigido pelo preceito divino (CIC 2214). O quarto mandamento também lembra aos filhos adultos suas responsabilidades para com os pais. Jesus reforça este
dever de reconhecimento.

5º MANDAMENTO:

“Não matarás” (Cf. Ex 20, 13): “Toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e semelhança do Deus vivo e santo. O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador” (CIC 2319 e 2320).

O quinto mandamento, entretanto, é muito amplo e vai além do ato de homicídio voluntário ou a cooperação nele. Entende a Santa Igreja que ele abrange não apenas a morte em si, mas uma série de outras atitudes tais como: a intenção de se destruir uma pessoa, mesmo que não se consiga; o aborto voluntário ou provocado, é a interrupção deliberada da gravidez, pela extração do feto da cavidade uterina; a eutanásia voluntária; os negócios fraudulentos que provocam a morte ou a fome; a instituição de leis que atentem contra a vida; a criação de estruturas sociais que promovem a exclusão, a fome e o abandono; o desrespeito à integridade corporal e a promoção da guerra, entre muitos outros. Jesus, em suas palavras, mostra claramente a abrangência do quinto mandamento quando diz: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal” (Mt 5,21-22). Toda atitude contra a vida promove a morte. O cristão deve sempre nortear-se pela declaração de Jesus: “O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” João 10,10.

6º MANDAMENTO:

“Não cometerás adultério” (Cf. Ex 20, 14): Disse Jesus: “Ouvistes que foi dito: “Não cometerás adultério”. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5, 27-28). Deus é amor e vive em Si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Ao criar a humanidade do homem e da mulher à sua imagem […] Deus inscreveu nela a vocação para o amor e para a comunhão e, portanto, a capacidade e a responsabilidade correspondentes. Assim, a sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, na unidade do seu corpo e da sua alma. Diz respeito particularmente à afetividade, à capacidade de amar e de procriar, e, de um modo mais geral, à aptidão para criar laços de comunhão com outrem. (CIC 2331 e 2332).

A castidade significa a integração conseguida da sexualidade na pessoa, e daí a unidade interior do homem no seu ser corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom mútuo total e temporalmente ilimitado, do homem e da mulher. A virtude da castidade engloba, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação e implica na aprendizagem do autodomínio e da fidelidade. A Igreja deu ao matrimônio a dignidade de Sacramento, portanto, “O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do matrimônio” (cf. CIC 2337 e 2400). A Tradição da Igreja entendeu o sexto mandamento como norma para todo o conjunto da sexualidade humana. Cristo é o modelo da castidade e todo o batizado é chamado a levar uma vida casta, cada um segundo o seu próprio estado de vida (CIC 2394). É preciso evitar todo pecado que fere a castidade.

7º MANDAMENTO:

“Não roubarás” (Cf. Ex 20, 15): “O sétimo mandamento proíbe tomar ou reter injustamente os bens do próximo ou lesá-lo, de qualquer modo, nos mesmos bens. Prescreve a justiça e a caridade na gestão dos bens terrestres e dos frutos do trabalho dos homens. Exige, em vista do bem comum, o respeito à destinação universal dos bens e ao direito de propriedade privada. A vida cristã procura ordenar para Deus e para a caridade fraterna os bens deste mundo” CIC 2401.

Este mandamento também prescreve o respeito pela integridade da criação.

Assim, tudo o que foi criado por Deus, animais, plantas e seres inanimados, estão naturalmente destinados ao bem comum da humanidade, pois o domínio que Deus deu ao homem sobre estas criaturas não foi absoluto. Ele deve ser pautado pela preocupação e profundo respeito pela integridade da vida e de toda a criação (cf. CIC 2415).

8º MANDAMENTO:

“Não apresentarás falso testemunho contra teu próximo” (Cf. Ex 20, 16):

“O oitavo mandamento proíbe falsificar a verdade nas relações com os outros.

Esta prescrição moral decorre da vocação do povo santo para ser testemunha do seu Deus, que é e que quer a verdade. As ofensas à verdade exprimem, por palavras ou por atos, a recusa em empenhar-se na retidão moral: são infidelidades graves para com Deus e, nesse sentido, minam os alicerces da Aliança” (CIC 2464). Este mandamento proíbe a mentira e ensina que devemos respeitar a
integridade da reputação do caráter do próximo. Quem crê em Deus deve amar a verdade que nos torna livres e nos santifica. Assim, o 8º mandamento proíbe que se levante falso testemunho e perjúrio (jurar falso, falar inverdades). Podemos prejudicar o outro por falsidade e omissão da verdade; por propagar qualquer informação que cause prejuízo ao próximo. Isto inclui admitir como verdadeiro, mesmo em silêncio, um defeito moral do próximo, bem como, sem razão ou conhecimento, revelar os defeitos dos outros a pessoas que não o sabem (maledicência). Estas condutas denigrem e desvalorizam a pessoa e por isso também é
pecado. Em Jesus Cristo, a verdade de Deus manifestou-se na sua totalidade.

9º MANDAMENTO:

“Não desejarás a mulher do próximo” (Cf. Ex 20, 17): O Catecismo da Igreja Católica nos números 22514 à 2517, apresenta o 9º mandamento como a verdadeira norma do amor, tanto o amor nos relacionamentos humanos como o amor a Deus, pois não seremos fiéis a um se não o formos ao outro, ou seja, o amor puro e verdadeiro para com as pessoas demonstra também o nosso verdadeiro amor a Deus que é fonte de tudo. Hoje podemos afirmar que este mandamento se refere a ambos os sexos. Tanto ao homem como à mulher, não é permitido o ato de cobiça. E em seu conteúdo está contida a valorização e a dignidade da sexualidade humana, onde deve haver respeito mútuo. Um não possui maior dignidade que o outro.

Viver o nono mandamento não significa apenas expressar ao próximo um amor puro e sadio, significa também que me relaciono indistintamente com todos. É uma busca de não nos deixarmos vencer pelas tentações da carne. Esta vitória é possível pela purificação do coração e pela prática da virtude da temperança. O fim último deste mandamento é visualizarmos na beleza humana a grandiosidade de Deus.

10º MANDAMENTO:

“Não cobiçarás …coisa alguma que pertença a teu próximo”(Cf Ex 20, 17):

Este mandamento completa o anterior ensinando que não podemos cobiçar ou ter inveja do que pertence ao outro, seja um bem material no sentido de propriedade ou de qualquer outra natureza. “O décimo mandamento exige banir a inveja do coração humano (CIC 2538). Não cobiçar as coisas alheias significa trabalhar em si o sentimento de inveja e de desejo de possuir o que é do outro. A pessoa que valoriza e reconhece o valor do que possui, não tem tempo de cobiçar ou desejar o que não é seu, o que não lhe pertence. Aquele que cobiça os bens do próximo não dá valor aos seus próprios bens e não valoriza a si mesmo. Aquele, porém, que reconhece o que Deus lhe ofereceu está livre do sentimento e do olhar cobiçoso (cf. CIC 2534-2540). “O desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. “Bem-aventurados os pobres de coração”, diz o Senhor Jesus (CIC
2556).

8. PARA PENSAR

Você já conhecia os 10 Mandamentos?
Para você o que eles representam?

9. VIVER A PALAVRA:

De posse dessa orientação divina que são os Mandamentos, você é desafiado a vivê-los e ensiná-los a outros.
Como você fará isso (faça um projeto de ação):

10 – ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL
O catequista estende a mão sobre todos os catequizandos enquanto faz a oração.
Pedir que se inclinem para receber a bênção.

“Que o senhor abra vosso coração à sua palavra. Que a sua luz possa dar sentido e rumo para vossa vida; que nela vós encontreis coragem, esperança e principalmente aprendais a amar andando no caminho do Senhor. Aumentai, Senhor, a fé desses filhos, para que vivam mais intensamente a vida e a fé, que consiste em vos conhecer e a seguir vosso Filho que enviaste.”
Todos: Amém!
Cateq.: Que o Senhor seja a vossa força e a vossa luz. Ide em paz e que o Senhor
vos acompanhe.
Todos: Amém
Cateq.: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo…
Todos: Para sempre seja louvado!
Cateq.: Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!