16. Os Dez Mandamentos

Encontros de catequese catecumenato
Material para catequese
Material para catequese

TEMPO DO CATECUMENATO
7ª CATEQUESE:
DECÁLOGO – OS DEZ MANDAMENTOS
1ª. PARTE: NOSSA RELAÇÃO COM DEUS

1 – OBJETIVO:

Apresentar os mandamentos da lei de Deus que formam as estruturas sobre os quais se fundamenta a moral católica.

2 – ACOLHIDA:

Preparar uma mesa com flores, vela, bíblia aberta, a cruz, (cartaz com a cópia dos “Dez Mandamentos”, preparado pelo catequista).

3 – ORAÇÃO INICIAL:

Com o grupo em círculo, invocar as luzes do Espírito Santo para que ilumine este grupo e o encontro. Pedir aos catequizandos que tracem o Sinal da Cruz um na fronte do outro.

4 – MOTIVAÇÃO:

Fazer memória sobre a catequese anterior.

5 – CÂNTICO:
De acordo com o tema.

6 – PROCLAMACÃO DA PALAVRA:
Ex 20, 1-17 – Leitura Orante

7 – APROFUNDAMENTO DO TEMA:
DECÁLOGO – OS DEZ MANDAMENTOS
1ª. PARTE: NOSSA RELAÇÃO COM DEUS

O decálogo são os mandamentos dados pelo próprio Deus a Moisés para que transmitisse ao povo (cf. Ex 20, 1-17; Dt 5). “Que devo fazer para ter a vida eterna? Se queres entrar para vida eterna guarda os mandamentos” (Mt 19,16-17).

Por sua prática e por sua pregação, Jesus atestou a plenitude do Decálogo. O dom do decálogo é concedido no contexto da Aliança celebrada por Deus com seu povo, os mandamentos de Deus recebem seu verdadeiro significado nessa Aliança e por meio dela. Fiel à Escritura e de acordo com o exemplo de Jesus a Tradição da Igreja atribui ao Decálogo uma importância e um significado primordial. O decálogo forma uma unidade orgânica em que cada “palavra ou Mandamento” remete a todo o conjunto da Aliança. Transgredir um mandamento é infringir toda a Lei. Os Dez Mandamentos enunciam seu conteúdo fundamental e são obrigações para serem vividas em todo os nossos relacionamentos. A obediência a esses mandamentos implica também obrigações cuja matéria é em si mesma, possível de ser vivida. O que Deus manda torna-o possível por sua graça. (CIC 2075; 2082).

1º MANDAMENTO

Amar a Deus sobre todas as coisas: O primeiro mandamento convida a pessoa a crer em Deus, a esperar Nele e a amá-Lo acima de tudo, por isso mesmo a superstição é um desvio do verdadeiro culto que prestamos ao verdadeiro Deus. É uma espécie de Idolatria.

Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o «nada da criatura», que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o seu Nome é santo. A adoração do Deus único liberta o homem de se fechar sobre si próprio, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo. (cf. CIC 2097)

«Ao Senhor teu Deus adorarás» (Mt 4, 10). Adorar a Deus, orar-Lhe, prestar-Lhe o culto que Lhe é devido, cumprir as promessas e votos que se Lhe fizeram, são atos da virtude da religião, que traduzem a obediência ao primeiro mandamento. (CIC 2135)
Na medida em que rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra o primeiro mandamento. (CIC 2140)

2º MANDAMENTO:

Não tomar seu santo nome em vão: Este mandamento proíbe o uso inconveniente do nome de Deus. As promessas feitas a outra pessoa em nome de Deus empenham a honra, a fidelidade a veracidade e a autoridade divinas. Devem ser respeitadas. A blasfêmia consiste em proferir contra Deus palavras de ódio, de ofensa, de desafio e em falar mal de Deus. É também blasfêmia recorrer ao nome de Deus para encobrir práticas criminosas, oprimir o povo, torturar ou matar.

Não podemos pôr em dúvida os sentimentos de Temor de Deus, pois temos a visão de um Deus soberano e consciência de sua presença. Ora, na medida em que acreditamos que Ele está presente, este mandamento proíbe também o uso indevido do nome Jesus, de Maria e de todos Santos de maneira injuriosa. Devemos ter tais sentimentos. “Não os ter, é não estar consciente desta realidade, é não crer que Ele está presente. (CIC 2144).

3º MANDAMENTO

Guardar domingos e festas: O terceiro mandamento do Decálogo refere-se à santificação do sábado: “O sétimo dia é um sábado: um descanso completo consagrado ao Senhor” (Ex 31, 15). (CIC 2168)

O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de violar a lei do sábado. Mas Jesus nunca viola a santidade deste dia. É com autoridade que Ele dá a sua interpretação autêntica desta lei: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado” (Mc 2, 27). Cheio de compaixão, Cristo autoriza-Se, em dia de sábado, a fazer o bem em vez do mal, a salvar uma vida antes que perdê-la.

O sábado é o dia do Senhor das misericórdias e da honra de Deus. “O Filho do

Homem é Senhor do próprio sábado” (Mc 2, 28). (CIC 2173)

Jesus ressuscitou de entre os mortos «no primeiro dia da semana” (Mc. 16, 2).

Enquanto “primeiro dia”, o dia da ressurreição de Cristo lembra a primeira criação.

Enquanto “oitavo dia”, a seguir ao sábado, significa a nova criação, inaugurada com a ressurreição de Cristo. Este dia tornou-se para os cristãos o primeiro de todos os dias, a primeira de todas as festas, o dia do Senhor, o Domingo.

Reunimo-nos todos no dia do Sol, porque foi o primeiro dia após o Sábado judaico, mas também o primeiro dia em que Deus, tirando das trevas a matéria, criou o mundo, e porque Jesus Cristo, nosso Salvador, nesse mesmo dia, ressuscitou dos mortos. (CIC.2174)

O domingo distingue-se expressamente do sábado, ao qual sucede cronologicamente, em cada semana, e cuja prescrição ritual para os cristãos substitui o sábado e realiza plenamente na Páscoa de Cristo a verdade espiritual do sábado judaico e anuncia o descanso eterno, do homem, em Deus.

Porque o culto da Lei preparava para o mistério de Cristo e o que nela se praticava era figura de algum aspecto relativo a Cristo.
Os que viveram segundo a antiga ordem das coisas alcançaram uma nova esperança, não guardando já o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida foi abençoada por Ele e pela sua morte. (CIC. 2175)

A celebração do domingo é o cumprimento da prescrição moral, naturalmente inscrita no coração do homem, de «prestar a Deus um culto exterior, visível, público e regular, sob o signo da sua bondade universal para com os homens». O culto dominical cumpre o preceito moral da Antiga Aliança, cujo ritmo e espírito retoma ao celebrar em cada semana o Criador e o Redentor do seu povo. (CIC.2176)

8. PARA PENSAR

Os Mandamentos são princípios que orientam para uma nova compreensão e prática da vida, tanto em relação a Deus, como em relação aos semelhantes e ao cosmo. Eles possibilitam uma relação social baseada no respeito, na liberdade, na dignidade e na justiça. Os Mandamentos enunciam as exigências do amor para com Deus e para com o próximo, sendo que os três primeiros se referem a Deus na demonstração do amor, temor, honra, louvor, respeito, obediência a Ele. E os outros sete, ao amor ao próximo.

Conheço os Mandamentos?

Como tenho vivido, ou a partir de agora como viverei este três Mandamentos que orientam a minha relação com Deus? Se possível decorá-los.

9. VIVER A PALAVRA

Reler o texto que iluminou o nosso encontro Ex.20,1-17 e aplicá-lo no seu cotidiano.

10. ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL

O catequista estende a mão sobre todos os catequizandos enquanto faz a oração.
Pedir que se inclinem para receber a bênção.

“Que o senhor abra vosso coração à sua palavra. Que a sua luz possa dar sentido e rumo para vossa vida; que nela vós encontreis coragem, esperança e principalmente aprendais a amar. Aumentai a fé desses filhos, para que vivais mais intensamente a vida, que consiste em vos conhecer e a vosso filho que enviaste.”
Todos: Amém.
Cateq.: Que o senhor seja a vossa força e a vossa luz. Ide em paz e que o senhor
vos acompanhe. Amém.
Cateq.: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo…
Todos: Para sempre seja louvado!
Cateq.: Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!
(Partilhar com o grupo a experiência no próximo encontro)