22. Discipulado e o seguimento de Jesus

Encontros de catequese catecumenato
Material para catequese
Material para catequese

TEMPO DO CATECUMENATO
13 CATEQUESE
DISCIPULADO E O SEGUIMENTO DE JESUS

1 – OBJETIVO:

Ensinar o que significa ser discípulo de Jesus Cristo.

Mostrar que, por amor, Jesus nos convida ao discipulado.

Mostrar que o discípulo é colaborador do Mestre na sua ação redentora.

Apresentar Maria como a primeira discípula-missionária e os Santos como exemplos de quem trilhou o caminho de Jesus.

2 – ACOLHIDA:

Acolher com alegria e, em poucas palavras, fazer uma pequena memória sobre a catequese anterior, com o ambiente preparado com: uma mesa com flores, vela, bíblia aberta, a cruz, imagem de Maria, de Santos e de pessoas que vivem o discipulado na atualidade.

3 – ORAÇÃO INICIAL:

Iniciemos nosso encontro em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!
Rezemos a oração pedindo a presença e a força do Espírito Santo de Deus.
Todos: Vinde Espírito Santo…

4 – CÂNTICO:

De acordo com o tema.

5 – PROCLAMACÃO DA PALAVRA DE DEUS:

Mc 1, 16-20 – Leitura Orante

6 – APROFUNDAMENTO DO TEMA:

Jesus, ao iniciar sua caminhada para anunciar a Boa Nova, convidou doze homens pessoalmente para segui-Lo e os instruiu tornando-os seus discípulos. Eles atenderam esse chamado de forma radical, deixaram tudo e foram servi-Lo, testemunhá-Lo na implantação do Novo Reino no qual imperava como lei maior o mandamento do amor. Amor este que atraía multidões para estar junto ao Mestre, num reino sem localização geográfica, sem palácio; apenas um “reino caminhante” que ia ao encontro daqueles que sofriam. Desta forma, Jesus com seus discípulos, “desenhava” na mente e nos corações das pessoas o rosto de um Deus amoroso e misericordioso que acolhia a todos.

A transformação que aconteceu na vida dos primeiros discípulos quando encontraram Jesus e aceitaram seu convite para segui-lo continua acontecendo hoje.

Neste encontro com Jesus acontece o nascimento de um novo sujeito a quem chamamos discípulo, como Dom Geraldo define em sua homilia: “Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas através do encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva” (CNBB, doc. 87, 61, 2008). Esta Pessoa é Jesus, e ao atender seu chamado, o discípulo se conscientiza da fidelidade do Seu amor. É então despertado para uma nova realidade: sua nova caminhada de fé, junto ao Mestre. Ao iniciar o discipulado, o “sim” dado a Jesus é comprometedor. É uma resposta de amor e de entrega a quem amou primeiro ‘até o extremo’ (cf. Jo 13,1). E é no seguimento que a resposta do discípulo amadurece e se fortalece no amor de Jesus, ao ponto de entregar a sua vida totalmente à vontade de Deus: ‘Te seguirei por onde quer que vás’ (Lc 9,57), (DA136).

“Com a parábola da Videira e dos ramos (cf. Jo 15,1-8), Jesus revela o tipo de vínculo que Ele oferece e que espera dos seus. Não quer um vínculo como “servos” (cf. Jo 8, 33-36), porque “o servo não conhece o que faz seu senhor” (Jo 15,15). O servo não tem entrada na casa de seu amo, muito menos em sua vida. Jesus quer que seu discípulo se vincule a Ele como “amigo” e como “irmão”. O “amigo” ingressa em sua Vida, fazendo-a própria. O amigo escuta Jesus, conhece o Pai e faz fluir sua Vida (Jesus Cristo) na própria existência (cf. Jo 15,14), marcando o relacionamento com todos (cf. Jo 15,12). O “irmão” de Jesus (cf. Jo 20,17) participa da vida do Ressuscitado, Filho do Pai celestial, porque Jesus e seu discípulo compartilham a mesma vida que procede do Pai: Jesus, por natureza (cf. Jo 5,26; 10,30) e o discípulo, por participação (cf. Jo 10,10). A consequência imediata deste tipo de
vínculo é a condição de irmãos que os membros de sua comunidade adquirem.

Jesus faz dos discípulos seus familiares, porque compartilha com eles a mesma vida que procede do Pai e lhes pede, como discípulos, uma união íntima com Ele, obediência à Palavra do Pai, para produzir frutos de amor em abundância. Dessa forma o testemunho de São João no prólogo de seu Evangelho: “A todos aqueles que creem em seu nome, deu-lhes a capacidade para serem filhos de Deus”, e são filhos de Deus que “não nascem por via de geração humana, nem porque o homem o deseje, mas sim nascem de Deus” (Jo 1,12-13), (DA 132 e 133).

Enquanto discípulos de Jesus Cristo, somos chamados a intensificar nossa resposta de fé e a anunciar a todos, em todos os momentos da vida, com palavras e testemunho fiel, que Cristo redimiu todos os pecados e males da humanidade.

Como colaboradores do mestre “No seguimento de Jesus Cristo, aprendemos e praticamos as bem-aventuranças do Reino, o estilo de vida do próprio Jesus: seu amor e obediência filial ao Pai, sua compaixão entranhável frente à dor humana, sua proximidade aos pobres e aos pequenos, sua fidelidade à missão encomendada, seu amor serviçal até a doação de sua vida” (DA 139) e, contemplando Jesus e conhecendo tudo o que Ele foi e fez, entendemos o que devemos ser e fazer. O discípulo deve identificar-se com Jesus Cristo e também compartilhar seu destino:

“Onde eu estiver, aí estará também o meu servo” (Jo 12,26), (DA 140).

Exemplo perfeito de discípula foi Maria. Ela, através de uma fé radical, aceitou a proposta de Deus e tornou-se a mãe de Jesus. Foi a primeira discípula missionária que se fez “colaboradora no renascimento espiritual dos discípulos. Sua figura de mulher forte, emerge do Evangelho conscientemente orientada para o verdadeiro seguimento de Cristo. Ela viveu completamente toda a peregrinação da fé como mãe de Cristo e depois dos discípulos” (Doc. Ap. 266). Por sua fé, Maria chega a ser o primeiro membro da comunidade dos crentes em Cristo. (…) ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária, imprimindo-lhe um selo mariano que a identifica profundamente. O “sim” que brotou de Maria foi um dos eventos fundamentais da Igreja. Ela é a grande missionária, continuadora da missão de seu Filho e formadora de missionários, pois ensina o primado da escuta da Palavra na
vida do discípulo missionário. A Palavra de Deus se revela a ela. O Papa Bento XVI ensinou: ‘Permaneçam na escola de Maria. Inspirem-se em seus ensinamentos.

Procurem acolher e guardar dentro do coração as luzes que ela, por mandato divino, envia a vocês a partir do alto’ (DA 284, 285, 286, 287, 288). Como em Maria, essa fé radical também moveu os nossos Santos que já estão nos altares. O encontro com Jesus, dessa forma, também acontece aqui e agora com os fiéis que estão a caminho da santidade. É um convite e oportunidade que o Mestre, em seu amor, dá a todos os seus discípulos: sermos colaboradores na sua missão de salvação do mundo.

7 – PARA PENSAR:

No nosso encontro duas palavras aparecem fortes: DISCIPULADO E SEGUIMENTO – Releia o texto bíblico que ilumina o nosso encontro e o aprofundamento e procure definir essas duas palavras:

Jesus atrai, entusiasma, mas exige compromisso, ruptura, conversão. Você está disposto a fazer essa experiência?

8 – VIVER A PALAVRA:

Examine-se, olhe para dentro de você e descubra o que você tem que mudar, converter, para que livre do todas as amarras possa seguir Jesus, ser um discípulo dEle.

9 – ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL

Cateq.: “Jesus, Mestre Divino, que chamastes os Apóstolos a vos seguirem, continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens.
Dai coragem às pessoas convidadas. Dai força para que vos sejam fiéis como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas, para o bem do povo de Deus e de toda humanidade”. Amém! (Paulo VI).
Cateq.: Que o Senhor seja a vossa força e a vossa luz. Ide em paz e que o Senhor
vos acompanhe.
Todos: Amém
Cateq.: Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo…
Todos: Para sempre seja louvado!
Cateq.: Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém!