1 – ACOLHIDA:
Agora já nos conhecemos um pouquinho, se olharmos uns para os outros, vamos perceber que nos conhecemos. O valor de cada um que está aqui é insubstituível, em todos os sentidos pois quem nos convidou para estarmos aqui foi o próprio Deus, Ele que nos conhece e nos ama com amor infinito e quer o melhor para nós.
Iniciemos nosso encontro em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!
2 – ORAÇÃO INICIAL:
Sugestão: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém
Ou outra oração que o catequista queira preparar.
3 – CÂNTICO:
“A ti meu Deus”
4 – PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS:
Salmo: (138) 139, 1-18. 23-24.
5 – MEDITAÇÃO:
De que fala o texto que acabamos de ouvir?
6 – APROFUNDAMENTO DO TEMA:
A PESSOA HUMANA
Deus é a primeira e última fonte da vida humana. À luz da fé, o homem foi criado à imagem de Deus (Gn 1,27), porém, não é Deus. Na antropologia cristã tradicional o homem ocupa um lugar singular, único e especial na criação. Tanto que a vida vem de Deus e é confiada ao homem (Gn 1,1). Deus como criador é o Senhor Absoluto da vida; somente Ele pode dispor dela e o homem é chamado a participar desta senhoria. O homem não tem, porém, nenhuma disponibilidade direta sobre a vida humana, seja a própria vida ou a de outrem. Essa é somente confiada à sua administração responsável; essa é para ele um bem do qual é depositário e do qual deverá prestar contas a Deus. Portanto, o princípio de respeito pela vida é defendido, principalmente, na proibição de não matar. Este princípio exprime que a vida humana é de um valor extraordinário dado por Deus, por isso, deve ser
protegida com muito carinho. Mas, até que ponto o homem da pós-modernidade, o homem das ciências biológicas, está entendendo a vida humana como valor?
A Encíclica Evangelium Vitae (O Evangelho da Vida – Papa João Paulo II) traz uma reafirmação do valor da vida humana e da sua inviolabilidade e, ao mesmo tempo, um ardente apelo dirigido em nome de Deus a todos e a cada um que respeita, defende, ama e serve a vida humana. É uma estrada de mão única e que somente através dela se encontrará justiça, progresso, verdadeira liberdade, paz e felicidade. A pedra fundamental da antropologia cristã é a dignidade da criatura que existe em cada ser humano. Esse fato é importante porque diferencia a pessoa humana dos outros seres criados. O ser humano é uma criatura única e não repetível, de uma riqueza imensa, de particular beleza, sociável, digna de respeito em qualquer situação. O corpo do homem participa na dignidade da «imagem de Deus»: é corpo humano precisamente por ser animado pela alma espiritual que lhe foi dada ao ser concebido e é imortal (Cf. CIC 364).
A vida humana, já na sua dimensão biológica, é a condição de tudo o que é humano: a vida espiritual, a sua história e sua existência concreta como pessoa. Em seu todo, “pessoa” designa a realidade humana, que é um indivíduo único e singular;
é todo o ser do homem na sua individualidade e totalidade que assim se quer exprimir (corporal e espiritual). Antes do cristianismo não existia nem em grego e nem em latim uma palavra para exprimir o conceito de pessoa, porque na cultura clássica tal conceito não existia. Ela não reconhecia valor absoluto ao indivíduo enquanto tal, isso dependia da casta, da raça. Foi o cristianismo o responsável por essa nova dimensão do homem: o conceito de pessoa. A convicção da dignidade, do valor e da autonomia da pessoa representa um dos elementos qualitativos da proposta antropológica cristã. O homem é feito nessa relação: ele é pessoa porque Deus o chamou em comunhão consigo. Portanto, a vida humana é muito mais do que o sujeito faz e exprime. Seu valor está no fato de que cada vida humana está intimamente ligada em Deus. O valor e a inviolabilidade da vida humana se
fundamenta, justamente, nessa relação do ser humano com Deus.
O respeito a toda criatura humana, em qualquer momento de sua existência, desde a concepção até a morte, é um imperativo fundamental, cuja razão última está na vontade de Deus. Todos são interpelados a amar e respeitar como Deus, o Senhor da vida, ama e respeita. O valor da vida humana é independente daquilo que ela pode oferecer. O que vale é sua relação com Deus, por isso ela deve ser respeitada e defendida em qualquer circunstância.
São João Paulo II na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1999, afirmou que “a dignidade da pessoa humana é um valor transcendente, como tal sempre reconhecido por todos aqueles que se entregaram sinceramente à busca da verdade”.
O Catecismo da Igreja Católica, no nº1701, ao falar sobre a dignidade da pessoa humana, destaca que: “Cristo na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, manifesta plenamente o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação
sublime». Foi em Cristo, «imagem do Deus invisível» (Cl 1, 15), que o homem foi criado «à imagem e semelhança» do Criador. Assim como foi em Cristo, redentor e salvador, que a imagem divina, deformada no homem pelo primeiro pecado, foi
restaurada na sua beleza original e enobrecida pela graça de Deus”. Portanto, cada pessoa é a imagem e semelhança de Deus, seu Criador. Aquele que desde antes que existíssemos já nos conhecia.
7- ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL:
(Bênção retirada do livro: Caminho de Fé – pág.15)
O introdutor ou o catequista estende as mãos em direção aos candidatos e reza:
“Oremos, Senhor Deus todo poderoso, olhai os vossos filhos e filhas que são formados segundo o Evangelho de Cristo. Fazei que vos conheçam e amem, e, generosos e prontos, cumpram a vossa vontade. Dignai-vos prepará-los por esta santa iniciação e tornai-os membros ativos de vossa Igreja para que participem dos mistérios neste mundo e na eternidade. Por Cristo, Nosso Senhor”.
Todos: Amém!
O catequista despede os catequizandos dizendo:
Cateq.: Que o Amor de Deus Pai, a Graça de Jesus nosso Salvador e a força libertadora do Espírito Santo nos conduza sempre.
Todos: Amém.
Cateq.: Vamos em paz, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.