A vinda do Filho de Deus à terra é um acontecimento de tal imensidão que Deus quis prepará-lo durante séculos. Ritos e sacrifícios, figuras e símbolos da “Antiga Aliança”, tudo ele fez convergir para Cristo. Ele o anuncia pela boca dos profetas que se sucedem em Israel. Desperta, além disso, no coração dos pagãos, a obscura expectativa desta vinda. (CIC 522).
Dentro da espiritualidade e mística que envolve o tempo do Advento, somos levados a reconhecer que temos necessidade de Deus. O convite que nos é feito neste tempo e com insistência é “Orai e vigiai”. A oração quer expressar nossa aliança com Deus. De sermos íntimos de Deus. É o lugar do encontro com Deus. A oração cristã é uma relação de Aliança entre Deus e o homem em Cristo.
Vem, Senhor Jesus! É uma suplica orante. Talvez, rezamos ou oramos e não percebemos a eficácia da oração. “A oração é elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes”. De onde rezamos? Em meio ao corre-corre do dia-a-dia podemos sentir a sensação de estar só, abandonado, desprotegido da presença de Deus.
Santa Terezinha do Menino Jesus, deixou-nos em seus manuscritos o seguinte testemunho: “Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria”.
Vem, Senhor Jesus! A vida de oração consiste, portanto, em estar habitualmente na presença do Deus três vezes Santo e em comunhão com ele. As novenas de Natal, a oração do terço, a participação das missas são oportunidades que temos para viver a liturgia que celebramos.
Vivamos intensamente o tempo do Advento: uma boa e completa confissão na sua paróquia seria um momento propício de celebrar bem o Natal! Não esqueçamos da “novena de natal” em família ou no grupo ou na comunidade.
Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ