13° Domingo do tempo Comum

seguir Jesus
Material para catequese
Material para catequese

Conteúdo do evangelho: os Samaritanos não só, não acolheram Jesus, mas o hostilizaram. Diante disso, os discípulos Tiago e João magoados e indignados, disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu, para destruí-los?” Jesus voltou-se, para eles e os repreendeu. Foram então para outro povoado, continuando a missão (Lc 9,51-62).

Nem todos, como Jesus, se estão dirigindo a Jerusalém, mas todos estamos a caminho da casa do Pai, procurando realizar nosso projeto de vida. Quem mais quem menos. Muitos há que nos ajudam. Há também e não poucos, os que tentam inviabilizar tal projeto. São os Samaritanos da vida ou outros tantos, a quem a vida não sorriu. Há, ainda, os Tiago e Joãos que desejando talvez, até ajudar-nos, acabam, na realidade, nos prejudicando. Jesus os repreendeu.

Nós, não poucas vezes, costumamos fazer média, com as coisas deste mundo, e com interesses pessoais. Jesus deixou claro, no evangelho, que isso não serve para os seus discípulos. Para eles, o Reino de Deus deve estar acima, além e antes de tudo, Deus é o único absoluto. Em função de nossa realização e salvação, Jesus veio. Assumiu a cruz e a própria morte, sendo extremamente fiel a nossa causa e à gloria do a Pai. Não tergiversou. É nosso costume comprometer a felicidade eterna, ou até trocá-la com os valores terrenos, que são passageiros, mesquinhos uns, e às vezes traiçoeiros outros. Leiamos então o evangelho de hoje, uma vez mais.

A fidelidade a Deus tem seu custo, como tudo na vida. Queremos cultivar a saúde? Então não brinquemos com este bem. Queremos alcançar grande cultura ou bons empregos? Estudemos, então, bastante e não percamos tempo com futilidades. Jesus, certamente, não é contra enterrar os mortos. Já, o Antigo testamento o previa e o encarecia. Nem quis, que nos tornássemos grosseiros com nossos pais e familiares, não cultivando boas maneiras. Acentuou, porém, inequivocamente, que diante dos valores eternos, os efêmeros devem ser relativizados. Jesus defendia, a todo custo, a preciosidade, do projeto do Pai (Abbá), mais que os da família terrena.

Ninguém é obrigado a ir para o céu, mesmo que Deus Pai queira a família humana reunida na eternidade, como certamente no tempo. Feliz. Então também no céu, vale a lei do custo-benefício? Certamente não, mas a da inefabilidade da visão beatifica de Deus, sim. Com as coisas deste mundo, não sabendo negociar bem, fazemos bancarrota. E com as realidades do céu? Cuidado. Não troquemos a eternidade feliz, com os bens deste mundo. Também não os desvalorizemos. Ser cristão não é, nem nunca foi, fácil.

Não posso, nem quero ser omisso. Desenvolvi todo o contudo do Evangelho hodierno? Não. Desejo então brevemente elencar três afirmações de Jesus. A) Tu vem e segue-me. B) Tu, porém vai anunciar o Reino de Deus. C) Não se pode perder tempo, em relação a isto. Jesus o deixou claro. Estas necessidades nos preocupam? A todos? Leigos, religiosos(as) e presbíteros? Não me parece…

+ Dom Carmo João Rhoden – SCJ

Bispo Emérito de Taubaté –SP