“A chagas de Jesus Cristo ferem os corações mais duros e aquecem as almas mais frias”. (São Boaventura)
Na noite da Sexta-Feira Santa, meditamos o Descimento do Cristo da Cruz, onde ao meditar cada insígnia retirada (os cravos, a coroa, a placa) e o próprio Corpo do Cordeiro Imolado, veneramos e adoramos a entrega total de Cristo em expiação de nossos pecados e pela nossa salvação.
“Cristo deu a vida por nós, portanto, nós devemos dar também a nossa vida pelos irmãos” (1Jo 3,16), a meditação se dá para que não esqueçamos da imensidade do Amor de Jesus Cristo a cada um de nós, pois “choro as dores e humilhações do meu Senhor. O que mais me faz chorar é que os homens, por quem Ele sofreu tanto, vivem esquecidos dele” (São Francisco de Assis). Portanto, “a meditação sobre a paixão e morte de Jesus deve ter uma única conclusão: fazer na vida de cada dia aquilo que ele fez” (Missal Dominical – Missal da Assembleia Cristão).
Embora contemplemos este momento meditativo do Descimento da Cruz, não podemos limitar que termina ali a conclusão da nossa salvação. Precisamos ter em nossos corações que a necessidade de Cristo sofrer tudo isto foi por AMOR a cada um de nós. E que celebramos a morte de Jesus é na esperança da sua ressurreição. “O véu de tristeza, que envolve a Igreja pela morte e a sepultura do Senhor, será rasgado pelo grito da vitória: Cristo ressuscitou e derrotou para sempre a morte! Então poderíamos compreender verdadeiramente o mistério da Cruz”. (Papa Emérito Bento XVI)
Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Saudações em Cristo!
Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora, MG