Curso 04 Aula 20 – Quem é Jesus Parte II

Jesus é Rei: O Significado de Seu Reinado na Cruz
Material para catequese
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A crucificação de Jesus não foi apenas um ato de violência, mas a revelação de um reinado fundamentado no amor e no serviço. As autoridades judaicas e romanas o condenaram injustamente, sem compreender que, ao ser elevado na cruz, Ele inaugurava um reino eterno. Dessa forma, cada detalhe desse momento demonstra que Jesus é Rei, pois sua realeza não se impõe pela força, mas pela entrega total, transformando a dor em salvação.

As autoridades judaicas e romanas condenaram Jesus por desafiar seu domínio e reivindicar um trono terreno. Os soldados romanos, zombando Dele, o vestiram com um manto vermelho, colocaram-lhe uma coroa de espinhos e saudaram-no ironicamente:

“Salve, rei dos judeus!” (Mc 15, 18).

Batiam-lhe, cuspiam nele e prestavam-lhe falsa homenagem. No entanto, sem saber, estavam ridicularizando os próprios poderes humanos, que Jesus sempre rejeitara. Seu reinado não se baseia em dominação, mas em entrega. Ele se tornou Rei no exato momento em que, humilhado e torturado, foi levado à cruz (Mc 15, 20).

Dessa forma, o julgamento de Jesus expôs a injustiça dos tribunais terrenos e revelou que seu poder não se impunha pela força, mas pelo serviço. Os tribunais humanos condenaram o Juiz Supremo para estabelecer um reinado eterno, fundamentado no amor e na verdade.

Jesus Crucificado: O Rei que se Entrega por Amor

Marcos narra de maneira direta os eventos que se seguiram à condenação. Jesus, considerado impuro e subversivo, carregou a cruz sozinho. Um homem africano, Simão de Cirene, foi obrigado a ajudá-lo (Mc 15, 21). Tiraram suas vestes, o crucificaram entre dois ladrões e o trataram como um rejeitado.

Mesmo diante da dor extrema, recusou a bebida entorpecente oferecida para aliviar o sofrimento, pois queria viver plenamente sua entrega ao Pai. A inscrição na cruz dizia:

“Rei dos Judeus” (Mc 15, 26).

Era o início de uma realeza que não oprime, mas se sacrifica pelos outros. Confessamos que Jesus é Rei porque Ele assumiu a dor dos marginalizados e injustiçados, transformando a cruz em trono de misericórdia e salvação.

Jesus é o Messias: O Salvador que se Entrega

A zombaria das autoridades religiosas parecia confirmar um fracasso absoluto:

“A outros ele salvou, a si mesmo não pode salvar!” (Mc 15, 31).

Eles esperavam um Messias triunfante, incapazes de perceber que o maior sinal divino era a própria entrega de Jesus. O verdadeiro Cristo não desceu da cruz para provar seu poder, mas permaneceu nela para salvar a humanidade.

A cruz é o grande sinal de nossa fé. Se não acreditarmos nela, nenhum outro milagre fará sentido.

Jesus é o Filho de Deus: A Revelação na Cruz

No ápice de sua dor, Jesus expressou sua humanidade ao clamar:

“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 15, 34).

E, em seguida, entregou seu espírito (Mc 15, 37). Três sinais marcaram esse momento:

  1. O véu do templo se rasgou (Mc 15, 38), simbolizando a ruptura entre o projeto de Deus e os esquemas de poder humano.
  2. Um centurião romano reconheceu sua divindade (Mc 15, 39), mostrando que a fé não estava restrita a Israel.
  3. As mulheres que o seguiam permaneceram ao seu lado (Mc 15, 40-41), demonstrando que, mesmo diante da aparente derrota, a esperança ainda estava viva.

Jesus, traído, humilhado e crucificado, revelou-se o verdadeiro Juiz, Rei, Messias e Filho de Deus. Seu reinado não se fundamenta na glória humana, mas no amor infinito que nos redime e nos convida a segui-lo.