A liberdade humana é, sem dúvida, uma centelha do sinal de Deus. Portanto, consiste em agir de acordo com a própria dignidade e, além disso, realizar ações visando o bem.
As faíscas são impressionantes. Então, qual seria a surpresa do homem ao descobrir o fogo? Vamos imaginar. Estamos caminhando nas montanhas e, eventualmente, acampamos. Quando a noite chega, o frio fica mais forte. Portanto, precisamos de uma fogueira. Fazemos todos os esforços para obter a ignição. É difícil, mas depois de muitos esforços agonizantes, finalmente acendemos a faísca. Com ela, vem o necessário e a esperança de permanecer no local.
Uma das centelhas do sinal de Deus é a liberdade humana. Isto consiste em fazer-me de acordo com a minha própria dignidade e realizar as minhas ações nessa função. Não há outra maneira de ser livre. Somente quando buscamos o bem e aderimos a ele é que somos verdadeiramente aquilo que aspiramos.
A diferença entre todos os seres da criação e o homem é abismal. Dentro desta ordem, a liberdade é exclusiva sempre que realizamos as nossas ações com inteligência e vontade. Mais especificamente, quando dizemos quero, estamos expressando nosso apego ao que consideramos bom.
A Liberdade Humana: Crescimento, Fé e Ações
A escolha depende apenas de nós, mas como a nossa liberdade é falha, os outros podem ajudar-nos a ser mais livres. Mesmo que essa ajuda venha de cima, então a força é maior. Assim se vive a liberdade com a força da fé. Obedecer a leis justas e boas instruções também fortalece a nossa liberdade.
Também deve ser dito que não somos determinados por nada. Absolutamente nada determina o nosso ser, exceto as nossas próprias ações e patologias que podem nos influenciar. É bom ter essa ideia clara para deixar de lado as desculpas. O que quero dizer é que nem mesmo Deus pode nos condicionar. Pois fomos criados livremente e a maior glória de Deus é o homem vivo (Gregório, o Grande).
Tornamo-nos bons ou maus com as nossas próprias ações e nos identificamos com elas. A declaração deve então basear-se na realidade do nosso ser.
Sempre podemos crescer em liberdade; precisamos de ajuda para fortalecê-lo. A este respeito encontrei algo impressionante no livro do Papa Bento XVI e ele diz: “Não se trata de tirar do homem o gosto pela vida, nem de restringi-lo com proibições e negações. Trata-se simplesmente de conduzi-lo para a verdade e assim santificá-lo. O homem só pode ser santo quando é verdadeiramente ele mesmo” (Pecado e Salvação ).
Padre Arnaldo Alvarado