A conduta de Jesus é um exemplo supremo de amor, compaixão e justiça divina, desafiando as normas sociais e religiosas de sua época para revelar a verdadeira essência da vontade de Deus. Além disso, em sua caminhada entre os pecadores, marginalizados e oprimidos, Ele demonstrou que a lei deve sempre estar a serviço do ser humano, nunca oprimindo ou condenando sem amor.
A conduta de Jesus e o cobrador de impostos
À beira do mar da Galileia, Jesus caminhava entre a multidão, ensinando sua doutrina. No caminho, uma barraca estava montada para recolher impostos devidos à autoridade romana. Os cobradores de impostos, judeus a serviço de Roma, eram mal vistos, pois muitos cobravam além do devido, embolsando a diferença.
Naquela barraca, Levi, filho de Alfeu, recolhia impostos. Então, Jesus se aproximou e o chamou: “Siga-me”. A multidão ficou espantada. Como poderia Jesus convidar um pecador público? Marcos relata que Levi apenas levantou-se e seguiu o Mestre, sem questionamentos.
Logo depois, Jesus foi à casa de Levi, um gesto ainda mais escandaloso, pois comeu e bebeu com ele e outros cobradores de impostos. Na tradição judaica, isso era considerado impuro. No entanto, Jesus parecia não se importar com essas normas rígidas.
A conduta de Jesus e a rejeição da hipocrisia social
Alguns doutores da Lei e fariseus criticaram a atitude de Jesus, acusando-o de violar a lei da pureza. Entretanto, Jesus respondeu:
“Quem tem saúde não precisa de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.”
Assim, a conduta de Jesus evidencia a importância da conversão dos pecadores, rejeitando leis hipócritas que não promovem o amor e a compaixão.
O ensinamento sobre o jejum
Era tempo do jejum anual coletivo entre os judeus. Os fariseus, que jejuavam frequentemente para demonstrar piedade, questionaram por que Jesus e seus discípulos não jejuavam.
Então, Jesus respondeu com uma comparação:
“Vocês acham que os convidados de um casamento jejuam enquanto o noivo está com eles? Mas chegarão dias em que o noivo lhes será tirado, e então jejuarão.”
Ele complementa com uma parábola:
“Ninguém coloca vinho novo em barris velhos, pois o vinho novo arrebenta os barris velhos.”
Assim, Jesus ensinava que o jejum só faz sentido como preparação para a mudança de atitude, e que os tempos novos do Evangelho exigem uma nova conduta de vida.
A conduta de Jesus e o propósito das leis
Em um sábado, Jesus e seus discípulos caminharam por uma plantação de trigo. Sentindo fome, colheram espigas para comer, o que era proibido pela lei judaica no sábado.
Ao ser questionado pelos fariseus, Jesus citou o episódio de Davi, que comeu os pães sagrados por necessidade. Concluiu afirmando:
“O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado.”
Com essa afirmação, Jesus ensinava que as leis devem estar a serviço da vida, não o contrário. A conduta de Jesus reforça que a compaixão e o bem-estar humano são mais importantes do que a rigidez legalista.
O bem acima das regras
Outro episódio que revela a conduta de Jesus ocorreu em uma sinagoga, num sábado. Lá, um homem com a mão paralisada aguardava, enquanto os fariseus observavam se Jesus o curaria, já que consideravam a cura um trabalho proibido no sábado.
Jesus, percebendo a hipocrisia, perguntou:
“O que a Lei permite no sábado: fazer o bem ou o mal? Salvar uma vida ou perdê-la?”
Diante do silêncio dos fariseus, Jesus curou o homem e demonstrou que devemos fazer o bem sempre, mesmo quando a lei parece contrariar esse princípio.
Reflexão sobre a conduta de Jesus
A conduta de Jesus nos ensina que a compaixão, a conversão e o amor ao próximo devem estar acima de tradições rígidas e formalismos. Suas ações nos convidam a refletir: estamos vivendo de acordo com o Evangelho ou apenas seguindo regras vazias?