No Sermão da Montanha, o Senhor fala sobre a verdadeira paz como receita da felicidade. Ele dedica este sermão a explicar quem são aqueles que são verdadeiramente felizes. Se analisarmos com atenção esses ensinamentos, perceberemos que a paz está vinculada a outras três coisas: felicidade, ordem e a pessoa de Jesus Cristo.
A Única e Verdadeira Paz
Em nosso coração, temos inscrito o desejo de Deus, e Ele não cessa de nos atrair ao sagrado. A felicidade verdadeira está, portanto, vinculada à única e verdadeira paz, que só pode ser alcançada na comunhão com Deus. Essa paz não se baseia em segurança ou conforto material, mas em uma união espiritual com Cristo.
Paz Não é a Ausência de Guerra
O Catecismo da Igreja Católica ensina que a paz não é a ausência de guerra, mas um estado que só pode ser alcançado em meio à ordem. A verdadeira paz surge da harmonia entre os homens e com a criação, pois a desordem é o fruto do pecado. Deus criou tudo de forma perfeitamente ordenada, e essa ordem é essencial para a paz. Sem ela, não há paz genuína.
Não Há Paz Sem Cristo
A verdadeira paz só pode ser consolidada sob a inspiração da graça de Jesus Cristo, pois Seu exemplo é a máxima expressão da paz. Como cristãos, imitar Cristo é o único caminho para construir a paz em nossas vidas. A paz que buscamos deve refletir o amor e a compaixão de Cristo, pois Ele é o Príncipe da Paz.
A Paz em Tempos de Conflito
Nos dias de hoje, carregamos em nossos bolsos uma poderosa arma: nossos celulares. Com eles, podemos tirar selfies, até mesmo ler o Evangelho, mas, infelizmente, o que mais vemos é a propagação de discussões, divisões e ódio. Nas redes sociais, a polarização, brigas e ofensas se tornaram comuns. Por isso, é importante termos a consciência de que está em nossas mãos o poder de fomentar a paz ou a guerra.
A Luta pela Paz no Cotidiano
Não é fácil perdoar. Não é simples viver em paz, especialmente quando nos deparamos com opiniões divergentes ou com o orgulho que nos impede de ceder. Contudo, devemos tentar! A oração, seja por aqueles que concordam conosco ou por aqueles que discordam, é uma ferramenta poderosa para alcançar a verdadeira paz. Talvez, dentro da nossa própria família, não conversemos tanto com algumas pessoas, mas será que não vale a pena buscar a reconciliação?
Devemos aprender a nos calar quando necessário. Às vezes, aquilo que deixamos de dizer pode salvar amizades, casamentos e relações familiares. O silêncio pode ser a chave para a harmonia.
O Desafio da Paz: Sacrificar o Ego
Muitas vezes, sacrificamos a paz porque todos querem ter a última palavra, a razão. Nesse processo, a busca pela satisfação pessoal prevalece sobre o bem comum. Esquecemos a verdadeira paz em nome do orgulho e do desejo de ter sempre a razão. Nesse jogo, deixamos a felicidade de lado, a desordem toma conta e esquecemos do exemplo de Cristo.
Compromisso com a Paz
Hoje, vamos assumir o compromisso de sacrificar o nosso ego, “abrir mão” de sempre querer ter razão e, assim, nos tornar semeadores da paz. A verdadeira paz só pode ser construída quando estamos dispostos a ceder e a perdoar, buscando sempre viver o exemplo de Cristo, que nos ensina a viver em harmonia com todos.