Como ser uma boa madrinha para o meu afilhado?

Como ser uma boa madrinha de batismo
Material para catequese
Material para catequese

Para ser uma boa madrinha para o seu afilhado não basta apenas dar presentes, mas sua missão é ajudar os pais na orientação da vida espiritual dos filhos.

O papel da madrinha na vida do afilhado

1. O que é autoridade espiritual? A madrinha tem autoridade espiritual sobre o afilhado?

Apesar de muitas vezes a autoridade ser vista como algo que impõe ou pressiona, ela é, na verdade, uma maneira de dizer que há respeito, sabedoria e propriedade no que fala. Assim era com Jesus quando disseram que ele falava com autoridade. O Mestre Divino ensinava na sinagoga de Cafarnaum, e diz São Marcos que “todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois doutrinava como quem tem autoridade” (Mc 1,22). Por isso a autoridade espiritual deve ser entendida como a atuação da madrinha frente à vida espiritual do seu afilhado, que, muitas vezes, está fraca ou se perdeu em outras crenças.

2. O que fazer se o afilhado muda de religião e é batizado nessa nova escolha?

Refletir sobre sua atuação e fazer o possível para que ele faça o caminho de retorno e saiba que nossa fé é a que escolhemos seguir. Nessa hora, a madrinha tem que ser catequista também.

3. Os pais mudaram de religião e o meu afilhado não está sendo criado conforme os costumes e tradições da Igreja Católica. Como madrinha, o que eu devo fazer?

Catequisar e incentivá-lo a perseverar, fazendo as vezes da mãe nesse processo de fidelidade à fé
católica. E também cuidar dos pais, que, às vezes, precisam de uma palavra ou entendimento melhor
da nossa fé.

4. Qual a importância da consagração? Qual o papel da madrinha?

A consagração é um ato de devoção, por meio do qual confiamos a Nossa Senhora o afilhado para
que ela nos ajude na missão a nós confiada.

5. E o papel das madrinhas de crisma e de casamento?

A de crisma tem a mesma função da de batismo, mas agora com a missão de fazer o jovem se comprometer com a Igreja e com as pastorais. Não é mais só ir à igreja, é participar. Aqui tem a força do Espírito Santo para ajudar nessa missão.

A madrinha de casamento tem a função afetiva de ajudar o casal a viver a beleza do matrimônio, atenta às dificuldades que podem surgir no relacionamento. É importante que seja alguém que vá ajudar o casal a crescer na fé e não se afastar da igreja. É bom quando é um casal do ECC ou das ENS ou qualquer outro movimento de casais.

6. Quando madrinha e afilhado perdem o vínculo, a convivência, o que pode ser feito?

Nunca devemos perder o vínculo pela oração. Assim, mesmo distantes, estaremos perto pelo poder
da oração.

7. E no caso de madrinhas falecidas?

Nós acreditamos na ressureição. Se perdemos uma madrinha na Terra, ganhamos uma madrinha no Céu.

8. Se madrinha ou afilhado estão morando em países diferentes, como continuar sendo presente, apesar da distância?

Usando os meios de comunicação. Pela oração. Confiando a alguém mais próximo o compromisso
de fazer suas vezes nessa atuação.

9. Se madrinha e padrinho não possuem vínculos entre si, e o padrinho se torna ausente, a madrinha pode fazer o papel do padrinho também?

Os dois têm o mesmo papel, então um não anula ou substitui o do outro. Sua missão segue igual.

10. Se por acaso uma criança te “adota” como madrinha, o que pode ser feito?

Corremos o risco de fazer dessa missão algo meramente afetivo ou sentimental, o que é sempre
bom evitar. Mas, se acontecer, deve ser encarado como missão.

11. Como fica o afilhado quando a madrinha troca de religião? A madrinha pode ser substituída?

Não fica. A Igreja supre essa falta. Nossa Senhora não deixa quem a ela se consagra. A madrinha, ao
contrário do que muitas praticam, dando presentes, não é somente um laço afetivo, mas essencialmente
um laço de fé. Se aquela pessoa perde o laço, ela não vai mais poder ajudar seu afilhado nisso. Então ela
não cumpre sua missão, mas a Igreja e a família devem ajudar a pessoa a perseverar.

IMPORTANTE: Cuidado para não querer ser a mãe. A missão da madrinha completa a missão da mãe, mas não a substitui.

Angela Abdo e Leila Cristina