Na Liturgia do XXI Domingo do Tempo Comum, somos convidados a refletir sobre a autoridade que Deus designa àqueles que escutam O seu chamado e O reconhecem através de suas obras e da própria fé!
Na Primeira Leitura, extraída do Livro do Profeta Isaías (Is 22,19-23), é demonstrado que a autoridade é dada do alto, onde a instituição desta autoridade é dá por meio d’Aquele que é maior que todos, d’Aquele que tem este poder de chamar o seu servo e designá-lo a cumprir a missão que é confiada. Afinal, o próprio Deus que dá o poder, também retira este mesmo poder quando não se segue o norte dado, quando se esvaia a humildade e deixa ser levado pelas vaidades e se corrompe.
O Salmista traz a resposta da confiança do servo a Deus (Sl 137,1-2a.2bc-3.6.8bc (R. 8bc)): “Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós e escutastes e aumentastes o vigor da minha alma”. Ora, o reconhecimento das obras que Deus faz em nossas vidas é fruto da humildade daqueles que ouvem Suas Palavras, põem em prática os desígnios do Altíssimo, através da boa conduta da autoridade que lhe fora dada.
O Evangelho extraído de Mateus 16,13-20; relata a autoridade que Jesus dá a Simão e o torna Pedro, “pedra de fundamental” para a construção da Igreja de Cristo. E tal autoridade é dada do alto, onde Deus revela a Pedro que o seu Filho Unigênito é o Messias. Sabido disto, Jesus revela que Deus escolheu a Pedro como um dos principais pilares para continuação da Boa Nova na Terra. E deixa a Pedro o símbolo da autoridade Terra-Céu, as chaves. “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus.” (cf. Mt 16,19). Assim, é constituída a Difusão do Evangelho, da Boa Nova do Reino, pois “como são inescrutáveis os seus juízos e impenetráveis os seus caminhos!” (cf. Rm 11,33b). Afinal, “na verdade, tudo é dele, por ele, e para ele” (cf. Rm 11,36a).
Peçamos a Deus que nos agracie todos os dias para o exercício da nossa Fé a Ele, pois somente assim, poderemos utilizar com Sabedoria e Fé a autoridade que Ele nos confia. Deixando de lado qualquer tipo de corrupção e soberba, que possa nos afastar da nossa missão da Evangelização e Propagação do Amor. Principalmente, quando estes vícios possam interferem no irmão que sofre e/ou discriminado.
Saudações em Cristo!
Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora, MG