Sexta da Segunda Semana da Quaresma
A pedra que os construtores rejeitaram se tornou a pedra angular. Mateus 21,42
De todas as rejeições que foram experimentadas ao longo dos tempos, há uma que se destaca acima do resto. É a rejeição do Filho de Deus. Jesus não tinha nada além de amor puro e perfeito em Seu coração. Ele queria o melhor absoluto para todos que encontrasse. E Ele estava disposto a oferecer o presente de sua vida a quem quisesse aceitá-lo. Embora muitos tenham aceitado, muitos também o rejeitaram.
É importante entender que a rejeição que Jesus experimentou deixou profunda dor e sofrimento. Certamente a Crucificação real foi extraordinariamente dolorosa. Mas a ferida que Ele experimentou em Seu Coração pela rejeição de tantos foi sua maior dor e causou o maior sofrimento.
Sofrer nesse sentido era um ato de amor, não um ato de fraqueza. Jesus não sofreu interiormente por causa do orgulho ou da baixa auto-imagem. Pelo contrário, seu coração doeu porque ele amava tão profundamente. E quando esse amor foi rejeitado, encheu-O com a tristeza santa falada nas bem-aventuranças (“Bem-aventurados os que choram …” Mateus 5, 4). Esse tipo de tristeza não era uma forma de desespero; antes, foi uma experiência profunda da perda do amor do outro. Foi sagrado e resultado de seu amor ardente por todos.
Quando experimentamos a rejeição, é difícil resolver a dor que sentimos. É difícil deixar que a mágoa e a raiva que sentimos se transformem em uma “tristeza santa” que tem o efeito de nos motivar para um amor mais profundo daqueles com quem lamentamos. Isso é difícil de fazer, mas é o que nosso Senhor fez. O resultado de Jesus fazendo isso foi a salvação do mundo. Imagine se Jesus simplesmente tivesse desistido. E se, no momento de sua prisão, Jesus tivesse chamado as miríades de anjos para vir em Seu socorro? E se Ele tivesse feito isso pensando: “Essas pessoas não valem a pena!” O resultado seria que nunca teríamos recebido o dom eterno da salvação por Sua morte e ressurreição. O sofrimento não teria sido transformado em amor.
Reflita, hoje, sobre a profunda verdade de que a rejeição é potencialmente um dos maiores dons que temos para lutar contra o mal. É “potencialmente” um dos maiores presentes, porque tudo depende de como finalmente reagimos. Jesus respondeu com perfeito amor quando clamou: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem.” Este ato de perfeito amor em meio à Sua rejeição final permitiu que Ele se tornasse a “Pedra Angular” da Igreja e, portanto, , a pedra angular da nova vida! Somos chamados a imitar esse amor e a compartilhar sua capacidade de não apenas perdoar, mas também de oferecer o santo amor da misericórdia. Quando o fizermos, nós também nos tornaremos uma pedra angular de amor e graça para aqueles que mais precisam.
Senhor, ajuda-me a ser essa pedra angular. Ajude-me a não apenas perdoar toda vez que eu me machuco, mas deixe-me também oferecer amor e misericórdia em troca. Você é o exemplo divino e perfeito desse amor. Que eu possa compartilhar desse mesmo amor, clamando com você: “Pai, perdoa-lhes, não sabem o que fazem”. Jesus, confio em ti.