Quando criança, queria ser um santo. Eu não sabia o que isso significava, o quão difícil é. Achava que orar todos os dias, obedecer aos meus pais, estudar e não insultar ninguém, era o suficiente. Agora que estou mais velho, talvez muito velho, percebo que é preciso ser muito corajoso, ter uma fé firme e uma paciência imutável entre tantas outras virtudes.
Na escola, lemos a vida dos santos. Quando li as confissões de Santo Agostinho, fiquei pasmo com a mudança em sua vida. Santa Teresita era a padroeira das missões e não tinha saído do convento. Sempre me levou a pensar que ser santo na sociedade em que vivemos difere muito de grandes feitos, de épicos. Existem muitas pedras no caminho para se tornar um, mas não é impossível. Você tem que tentar pelo menos.
Uma fórmula para isso é acordar todos os dias com a intenção de fazer o que você tem que fazer da melhor maneira possível. Sem poupar esforços, sem egoísmo, colocando-se no lugar do outro e confiando em Deus. À noite, lembre-se do que falhou, tentando fazer melhor no dia seguinte.
Os obstáculos são constantes, as dificuldades proliferam. As pessoas te decepcionam, mas Ele sempre está ao seu lado. Você tem que continuar, sem medo, sem descanso. Jesus nos advertiu em muitas ocasiões que seríamos mal compreendidos, perseguidos. Ele nos sustenta .
Uma apresentação conta a história de uma pessoa que caminha na praia, deixando suas pegadas na areia e pensa que apenas seus passos estão marcados quando Jesus prometeu que passaria ao seu lado. Essa pessoa olha para trás e vê apenas seus próprios passos. Ela se enganou, foram os passos de Jesus que afundaram na areia, enquanto ele a carregava nos braços. Ele não caminhou ao lado dela, ele a abraçou. Essa confiança nos levará a superar qualquer inconveniente.
María Luisa Martínez Robles
