Certa vez, dois amigos foram pescar. Um deles quis atravessar um brejo e, de repente, estava dentro de um atoleiro. Quanto mais se mexia, mais se afundava. E não havia nada firme perto, onde ele pudesse apoiar-se, apenas capim.
Então ele gritou para o colega. Este veio, mas não pôde fazer nada, pois, se entrasse no atoleiro para dar a mão ao amigo, afundar-se-ia também.
O jeito foi pedir para ele ficar quietinho, ir em casa e pegar uma corda. Aí sim, apoiado em terra firme, jogou a corda e arrastou para fora o amigo.
Após a desobediência de Adão e Eva, todos nós ficamos atolados no lamaçal do pecado. Não adianta alguém, atolado também, querer arrastar-nos para fora. Ele vai, junto conosco, atolar-se ainda mais.
Ao ver a situação, Deus Pai ficou com dó e nos mandou o seu Filho. Este sim, tendo os pés apoiados no Céu, pode arrastar-nos para fora, o que ele de fato fez.
A Igreja, una, santa, católica e apostólica, é a presença de Jesus entre nós, o Corpo Místico do Cristo. Apesar de pecadora, ela está fora do atoleiro e pode salvar-nos.
“O que nasceu da carne é carne; o que nasceu do Espírito é espírito… Ninguém subiu ao Céu senão aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem” (Jo 3,6-13).Nós precisamos agarrar-nos no sobrenatural, em alguém que não é daqui, mas veio do Céu.
Não adianta alguém, que nasceu aqui no atoleiro, fundar uma religião. A religião é para nos religar com Deus, para levar-nos ao Céu. Como que alguém, que nasceu aqui na terra, e é pecador como nós, vai levar-nos para o Céu? Os seus seguidores podem dar as mãos à vontade, que todos vão afundar-se ainda mais.
Maria Santíssima, por um privilégio especial de Deus, não se atolou. Ela pode nos ajudar; pode e quer, pois é nossa Mãe. Mãe dos pecadores, rogai por nós.