O anel do bispo

familia e o matrimônio

O Pe. José Sarto era italiano e viveu no começo do Séc. XX. Pertencia a uma família pobre e profundamente católica. Tinha dez irmãos. Quando criança, ele ia para a escola descalço e só calçava quando estava chegando, para não gastar os sapatos, pois a família não podia comprar outros.

Entrou no seminário a fim de estudar para ser padre. Anos depois, o pai faleceu. Ele quis sair do seminário para ajudar a família, mas a mãe, Dona Margarida, não deixou. Ela chegou a vender até os móveis da casa, sem o filho saber, para poder sustentá-lo no seminário.

Vários anos após a ordenação sacerdotal, Pe. José Sarto foi sagrado bispo de Mântua, na Itália. Dona Margarida tinha já 79 anos e, devido à pouca saúde, não pôde estar presente na sagração episcopal.

Logo que terminou a celebração, Dom José Sarto foi visitar a mãe. Mostrando-lhe no dedo o anel de bispo que havia ganhado, ele disse: “Veja, mamãe, que bonito o anel que eu ganhei”. Dona Margarida levantou sua mão cansada, mostrou-lhe sua aliança de casamento e disse: “Se não fosse este anel aqui, filho, você não teria ganhado esse aí!”

Anos mais tarde, Dom José Sarto foi nomeado Cardeal de Veneza, e depois foi eleito Papa. É Pio X. Seu lema como papa era: “Restaurar todas as coisas em Cristo”. Hoje ele é S. Pio X. Sua mãe teve muito a ver com tudo isso.

Todas as mães e todos os pais têm muito a ver com o futuro dos seus filhos e filhas. As vocações nascem daquele anel que os pais carregam no dedo, isto é, da maneira como se amam e como educam os filhos. Não basta levar os filhos ao batismo. É preciso educá-los na fé cristã. A família é a formadora das pessoas, a base da sociedade e a célula da Igreja. Vamos acreditar no matrimônio como meio eficaz de restaurar todas as coisas em Cristo.