Temos vivido tão intensamente cada momento de nossas vidas, sejam eles de alegria ou de tristeza, de fraternidade ou de solidão, temos vivido tantas coisas e por viver tão intensamente estes momentos, acabamos nos deformando, acabamos perdendo a forma original, a qual Deus no criou e planejou para cada um de nós. Mas Deus em sua infinita misericórdia e por querer nos amar sempre, se coloca a nossa disposição para nos restaurar e se for preciso “nos quebrar” para começar tudo de novo, Deus está disposto a fazê-lo, mas e nós? Temos a humildade e coragem de nos colocarmos à disposição de Deus para que Ele possa nos remodelar ou até mesmo nos reconstruir? Deus nos fala através do profeta Jeremias: “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jr 18,6).
Que tenhamos a ousadia de nos colocar nas mãos de Deus como barro, reconhecendo nossa dependência de Deus, reconhecendo nossa pequenez diante da beleza dos grandes vasos que Deus quer fazer de cada um de nós e deixando que nos modele segundo a Sua vontade para que ao sermos expostos na galeria da vida, possamos demonstrar a sabedoria e a simplicidade do grande oleiro.
“A proposta para esses dias juntos – disse o padre servita – é deter-nos à escuta de um Deus de perguntas: não mais interrogar o Senhor, mas deixar-se interrogar por Ele. E ao invés de correr logo em busca da resposta, parar para viver bem as perguntas, as abertas perguntas do Evangelho. Amar as perguntas, estas já são revelação”. “As perguntas são (…) o outro nome da conversão”. (Papa Francisco)
Deus abençoe!
Missionária da Comunidade Alicerce