Não ter confiança, desconfiar, é perder a calma, é não ter paz. Hoje em dia os homens e as mulheres desconfiam de tudo e por isso não temos paz. Vivemos na suspeita, pensando que todos podem nos enganar.
Talvez seja porque também não somos autênticos, talvez seja por isso. A verdade é que vivemos num mundo de engano. Engano nos negócios, engano nos itens que consumimos, alimentos, cremes, acessórios, contratos, etc.; engano no amor e na amizade. E quando somos sinceros, honestos, quanto nos dói quando alguém nos trai!
Acreditar nos nossos semelhantes, nos nossos entes queridos, é uma necessidade vital para podermos viver. Acreditar plenamente, sem sombra de dúvida, no ente querido é condição necessária para nos sublimarmos em toda a nossa integridade moral, como quem nos diz: – Acredito em você! Mas os seres humanos falham uns com os outros e é aí que aparecem a dor, o ciúme e a desconfiança.
Talvez hoje tenhamos isso, dor, decepção, estamos magoados, fomos enganados… Talvez aquele emprego que nos prometeram tenha sido um engano, talvez aquele juramento de amor não tenha sido sincero, talvez aquela amizade nos tenha apunhalado pelas costas… Traição, mentira, decepção, elementos e sensações que nos deixam tristes, muito tristes. Não queremos falar com ninguém, não queremos contar a ninguém sobre a nossa dor, eles nos enganaram! e perdemos a confiança.
Por causa dessa dor, seja ela qual for, não nos deixemos aniquilar. Deus é nosso Pai e ele está cuidando de nós, um Pai todo amoroso e podemos confiar Nele. Vejamos as crianças quando brincam no Parque. Correm um pouco para longe da mãe, mas se tropeçam e caem, ou se algo os assusta, correm para se refugiar nos braços dela, que os acolhe calorosamente, e a criança, com um suspiro de choro, apoia a cabeça. no colo de sua mãe porque lá ele descansa, se sente seguro e CONFIANTE.
É disso que precisamos quando as coisas nos fazem sofrer, ter confiança no nosso PAI Deus, mas também nos homens. A criança não só quando cai ou tem medo, mas quando encontra uma flor corre alegremente para mostrá-la ao seu ente querido. Assim, nas nossas tristezas, mas também nos nossos acontecimentos agradáveis, nos nossos triunfos e alegrias, vamos até Ele para mostrar-Lhe e agradecer-Lhe por tudo o que nos enche de alegria.
A falsidade, embora hoje em dia pareça nos perseguir para onde quer que olhemos, não é um mal de hoje. Já podemos perceber isso no texto de (Jeremias, IX, 3 e 55) “Não há fidelidade, só predomina a fraude na terra. Amontoam iniqüidade sobre iniquidade… desconfiam uns dos outros, ninguém confia em ninguém, todos enganam , todos “eles difamam… não há palavras de verdade neles. Suas línguas estão tão acostumadas a mentir, que não podem mais fazer nada além de mentir.”
Nós nos enganamos, mentimos uns para os outros porque não somos autênticos. Devemos viver a nossa existência de forma autêntica para podermos confiar e dar confiança aos nossos pares.
Somos chamados a fazer um mundo novo. Um mundo melhor. Um mundo verdadeiro. E A VERDADE NOS LIBERTARÁ. Para isso, temos que viver nossas próprias vidas com a verdade autêntica. Uma autêntica renovação nas nossas vidas, começando pela confiança na Humanidade.