Não sei se recebi a absolvição na minha Confissão. O que faço agora?

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Confissão e absolvição são estabilizadores essenciais para a vida espiritual

O que você faz? Você deve procurar outro confessor!

Se os maiores pecados têm origem nos menores, então só faz sentido que precisamos manter os pequenos pecados  sob controle, confessando-os. Embora seja verdade que só precisamos confessar os pecados mortais, isso não significa que não devemos confessar os pecados “normais”, com os quais lutamos diariamente e que, em última instância, nos impedem de alcançar a santidade. Só porque você não cometeu roubo, assassinato ou adultério não significa que você não deveria se apresentar para confissão.

Eu nunca fui fã de afastar as pessoas do uso regular do sacramento, sugerindo que apenas os grandes pecados mortais fossem os únicos dignos de serem confessados. É por isso que tantas pessoas sentem que não precisam da Igreja ou dos sacramentos, porque isso cria nelas um falso senso de bondade. Muitas pessoas referem-se a si mesmas como “pessoas boas” simplesmente porque não estão traindo seu cônjuge ou roubando. Mas eu argumento que cada vez que um funcionário entra no Facebook pelo computador da empresa  durante o expediente, ele está roubando salários.

Para ser justo, você deve se perguntar se você foi completamente claro no que estava se comunicando com o padre (e devo perguntar se havia dificuldades de linguagem).

Ainda assim, pequenos pecados ignorados e não examinados irão se transformar em problemas maiores. Então, sim, você pode estar em um estágio de sua vida onde você fica fora dos problemas, mas ninguém nunca está em um estágio da via em que não há pecados. Confissão e absolvição são necessárias para o nosso crescimento espiritual. Além de oferecer graças que nos ajudam a resistir ao comportamento pecaminoso, a Confissão nos ajuda a crescer em nosso próprio senso de auto-consciência. Através de confissões repetidas, passamos a reconhecer padrões insalubres que desenvolvemos e precisamos trabalhar. E não vamos esquecer de que buscamos o céu para a nossa eternidade, não o inferno. Confissão e absolvição são estabilizadores essenciais para a vida espiritual. Se o seu sacerdote não o está absolvendo de seus “pequenos pecados”, você deveria considerar seriamente a possibilidade de procurar outro confessor.

E você também deve considerar a possibilidade de procurar um diretor espiritual que possa, realmente, ajudá-lo a aprender a fazer um bom exame de consciência, e ir para o confessionário com um sentido claro do que você quer dizer, para que não haja o risco de ser mal-interpretado.

Lembre-se de incluir seu confessor nas suas orações.

Katrina Fernandez