Certa vez, o bispo procurou a madre superiora de um convento de irmãs e pediu que lhe destinasse uma irmã para pregar o Evangelho.
A madre reuniu o conselho e, após um discernimento e oração, decidiu destinar a jovem Irmã Clara para essa missão.
A Irmã Clara aceitou. Não só aceitou, mas ficou entusiasmada com a missão. E já queria ir logo pregar o Evangelho.
A madre, porém, lhe disse: “Não, Irmã. Primeiro você vai se preparar. A Ir. Clara fez um curso de pastoral durante um mês.
“Agora posso ir?” perguntou à madre. Esta lhe disse: “Ainda não, minha filha. Você tem muitas respostas e poucas perguntas”. E a enviou para trabalhar na horta.
Em seguida a Madre a enviou para trabalhar na oficina da vila. Ela aprendeu a lidar com madeira, com argila e com ferro.
A superiora chamou a Ir. Clara e lhe disse: “Há um circo aí na cidade. Peço a você que faça parte dele”. E lá se foi a Ir. Clara. Ajudava a montar o circo, participava de coreografias, fazia marionetes e divertia as crianças.
De volta ao convento, aconteceu uma peste na cidade e ela foi chamada a ajudar no cuidado aos enfermos. Preparou vários defuntos para o enterro.
“Agora sim”, disse a superiora, “você pode pregar o Evangelho”.
Jesus, antes de anunciar o Evangelho, viveu durante trinta anos a nossa vida, a fim de nos dar o exemplo.
Vamos evangelizar sim, mas fazê-lo como a Ir. Clara, como Jesus, isto é, com a vida e as palavras.
Somos fermento misturado na massa. Quando anunciamos a Palavra de Deus, as nossas palavras são carregadas de experiência pessoal, pois vivemos aquela Palavra no nosso dia-a-dia.