Certa vez, um rapaz, que andava afundado no mau caminho, foi a casa paroquial falar com o padre. Mas o padre estava saindo para atender a um doente grave. Então levou-o até a capela interna da casa paroquial e disse simplesmente, apontando para o sacrário: “Fale com ele”. Fechou a porta da capela e foi embora, deixando o rapaz lá dentro.
O jovem sentou-se no banco e, naquele silêncio, olhando para a luzinha vermelha do sacrário, a voz do padre ressoava nos seus ouvidos: “Fale com ele.” Falar o quê? Pensou ele. Depois de mais um tempo, ele pensou: Bom, já que estou aqui, vou falar alguma coisa com Cristo. A primeira coisa que ele falou foi da sua bronca do padre. Ele disse para Cristo: Demorei tanto tempo para ter coragem de vir conversar com o padre, e ele faz isso comigo!
E o papo pegou. Quando o padre chegou, quarenta minutos depois, o moço ainda estava “falando com Ele”. Seu rosto era outro. Estava transformado e sem nenhuma revolta. Pediu ao padre para se confessar.
No outro fim de semana, estava novamente o jovem apertando a campainha da casa paroquial. O padre veio e ele pediu: “Posso ir lá falar com Ele?” “Sim”, respondeu o padre.
Essa história foi contada por um padre que, numa reunião de jovens, perguntaram a ele como surgiu a sua vocação. Foi ali, disse o sacerdote. Gostou tanto de “falar com Ele”, que decidi morar com Ele para sempre.
Jesus veio para fazer o homem feliz, dando-lhe a paz consigo mesmo, com o próximo, com a natureza e com Deus. É em Cristo que o homem e a mulher descobrem a sua identidade mais profunda e buscam a conversão.