A estrela que sorri para os pobres

A estrela que sorri para os pobres
Material para catequese
Material para catequese

Colocada no topo da árvore de Natal ou acima do presépio a Estrela de Belém tem sido sempre um mistério natalino. Era de fato uma estrela, uma conjunção de planetas, (Saturno e Vênus), o famoso cometa Halley ou um meteorito cadente? O certo é que iluminou a rota dos sábios de Oriente desde suas terras até Belém, alguns exegetas referindo-se a profecia de Balaão: “um astro despontará de Jacó” (Nm. 24,17), identificam a estrela com o próprio Cristo, outros com a fé que nos guia levando ao encontro com Deus.

O movimento das estrelas sempre chamou a atenção não só dos astrólogos  mas, dos povos nômades e marinheiros que se orientavam por elas. Sempre a leitura do seu posicionamento foi considerado  um poderoso sinal e anuncio de um acontecimento, neste caso, do nascimento do Salvador. Há um refrão popular que afirma que uns nascem com estrela e outros estrelados, havendo como uma predestinação fatal das pessoas segundo os astros no momento do nascimento.

Certamente a Estrela de Belém não é um sinal de escolha elitista só para alguns predestinados, mas torna-se um sinal para os que buscam sinceramente a Deus, para os que se esvaziam de falsas seguranças e se libertam das idolatrias do poder, da riqueza e do prestígio mundano. Sinal de fé e de gratuidade para todos os homens e mulheres amados pelo Pai, não aparece nos palácios ou na dominação imperial, mas entre os pobres e pequenos, e mais exatamente no amor divino feito criança.

Lembra-nos a experiência dos namorados,  que descifram o seu amor olhando para o céu procurando nas estrelas confirmação para a sua união, eternizando com deleite esse momento. Nós também, os filhos do Pai compassivo e misericordioso somos guiados pela estrela benfazeja da alegria gratuita e sempre surprendente, para sermos novamente abraçados pela ternura de um Menino que nos devolve a paixão e a beleza da vida, dom e presente da humana fraternidade, que adquirimos em torno a Ele e por Ele. Que como os sábios do Oriente diante desta Criança, saibamos sempre amá-la e adorá-la, comunicando-a e partilhando com todas as criaturas. Deus seja louvado!