O domingo de Cristo Rei do Universo, é também o dia nacional dos leigos(as). É, ainda, o dia da abertura da Campanha da Evangelização (CNBB). Alegro-me com a riqueza da temática apresentada, mas temo que seja pouco aprofundada, pois, são demasiados extensos os assuntos e argumentos. É pena…
Desde o Vaticano II e o DAp (Documento de Aparecida, 2007), o tema “leigos” está aparecendo sempre mais. Aliás, não poderia ser diferente. Eles são 99% da Igreja. Por isso, também, o Sétimo Sínodo dos Bispos reforçou estas teses e, São João Paulo II, brindou a Igreja, com a Exortação Apostólica, “Christifideles Laici” (1988). É preciso valorizar melhor o laicato e investir mais nele. Não somente quando se trata do dízimo… a ser arrecadado; mas nos carismas que lhes são próprios ou ao menos afins: evangelização, catequese, pastoral familiar e os possíveis ministérios leigos.
A Igreja não é composta apenas de ministérios ordenados e vida consagrada, mas também, do laicato, que pode e deve ser enriquecido com novas funções e ministérios. Como poderá florir a Igreja sinodal sem tal valorização? Todos os membros devem ser “sal da Terra e luz do mundo” (Mt 5, 12). Eles (leigos), o podem e devem ser, prioritariamente, na política, na educação, no comércio e no mundo do trabalho. O clero e a vida consagrada têm algo de específico e próprio. Os leigos, também. Não precisamos invejar nada, uns dos outros. Mas valorizar o que é comum e reconhecer o que é próprio.
Os sacramentos (batismo-crisma) são fundantes do discipulado de Cristo. A Eucaristia é o alimento da comunhão sinodal e do amor, a virtude da comunhão fraterna, isso sem esquecer que a maturidade eclesial é oxigênio – Sine qua non”- para todos. O mundo está dividido e agressivo, por isso, a Igreja deve ser o exemplo de comunhão e participação contagiante.
+ DOM CARMO JOÃO RHODEN, SCJ.
Bispo Emérito de Taubaté-SP