A IGREJA, MÃE E EDUCADORA
(Itens 2030 a 2046 do Catecismo da Igreja Católica – Aula 44 do CIC)
A Igreja e a vocação cristã -: é na Igreja, em comunhão com toda a comunidade, que o cristão realiza sua vocação. De Igreja ele recebe a Palavra de Deus, a Graça dos Sacramentos e aprende o caminho da santidade.
Vida moral e magistério da Igreja -: a Igreja recebeu de Jesus Cristo o mandamento de pregar a salvação a todos os povos. O magistério dos pastores da Igreja em matéria moral se exerce na catequese e na pregação. Assim se foi transmitindo, de geração em geração, a totalidade da moral cristã, composta de um conjunto de regras, mandamentos e virtudes que procedem da fé em Cristo. O Papa e os bispos são aqueles que, dotados da autoridade de Jesus Cristo, pregam ao povo a eles confiado a fé que deve ser acreditada e praticada. O grau supremo da participação do Papa na autoridade de Cristo é assegurado pelo carisma da infalibilidade. Não é a pessoa que é infalível nas verdades da fé, mas sim os seus ensinamentos, que provém de Cristo. Se assim não fosse, o Evangelho e seus ensinamentos já não seriam de Cristo, mas dos homens.
A Lei de Deus confiada à Igreja é ensinada aos fiéis como caminho de vida e de verdade. Os fiéis tem, portanto, o direito de serem instruídos nos preceitos divinos e o dever de aceitar os documentos que se originam da legítima autoridade da Igreja.
Na tarefa de ensinar e aplicar a moral cristã, a Igreja necessita da colaboração dos seus pastores, da ciência dos teólogos e da contribuição de todos os cristãos. Dessa forma, o Espírito Santo pode servir-se de todos, até dos mais humildes, para iluminar aqueles que tem a autoridade para ensinar.
Assim se pode desenvolver entre todos os fiéis, um verdadeiro espírito filial para com a Igreja. Este espírito filial é o resultado normal da Graça recebida no batismo, que nos fez membros do Corpo de Cristo. No seu amor de Mãe, a Igreja nos dá a misericórdia de Deus que apaga os nossos pecados, agindo de modo especial no Sacramento da Reconciliação. A Igreja nos dá ainda, dia após dia, o alimento espiritual da Palavra de Deus e da Eucaristia do Senhor.
Os Mandamentos da Igreja -: os Mandamentos da Igreja são o resultado lógico da autoridade dos pastores da Igreja, recebida do próprio Jesus Cristo. O caráter obrigatório desses Mandamentos tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável na vida de oração e esforço moral, e no crescimento no amor a Deus e ao próximo.
1. “Participar da missa inteira aos domingos e festas de guarda” -: pede aos fiéis que tomem parte na celebração eucarística no dia em que se comemora a Ressurreição do Senhor;
2. “Confessar-se ao menos uma vez por ano” -: assegura a boa preparação para receber a Eucaristia, através da confissão dos pecados, o que continua a obra de conversão;
3. “Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição” -: garante um mínimo de integração no Corpo e no Sangue de Cristo;
4. “Santificar as festas de preceito” -: completa a observância dominical pela participação nas festas litúrgicas, que celebram os mistérios do Senhor, da Virgem Maria e dos santos;
5. “Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja” -: determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas e ajudam a nos fazer adquirir o domínio sobre os nossos sentidos.
Não como Mandamento, mas como dever cristão, os fiéis devem também ajudar, cada um segundo as suas possibilidades, nas necessidades materiais (principalmente financeiras e de serviço) da Igreja.
Vida moral e testemunho missionário -: a fidelidade dos batizados é condição primordial para o anúncio do Evangelho e para a missão da Igreja no mundo. Para manifestar diante dos homens a sua força de verdade, a mensagem da salvação de Cristo deve ser autenticada pelo testemunho de vida dos cristãos.
Por serem membros do Corpo cuja cabeça é Cristo, os cristãos contribuem, pelo seu testemunho de vida, para a edificação da Igreja. A Igreja cresce e se desenvolve através da santidade de seus fiéis. Como nós somos a Igreja, os nossos atos refletem diretamente na vida da Igreja; isso equivale a dizer que a Igreja (na sua parte humana) será tão santa quanto nós somos santos.
Quanto mais a nossa vida se aproximar da vida de Cristo, tanto mais nós ajudaremos no estabelecimento definitivo do Reino de Deus. Por isso, não nos descuidemos das nossas obrigações como cristãos: sejamos fiéis a Nosso Senhor e Mestre, vivendo com retidão, paciência e amor