No dia 04 de agosto, celebramos a festa do padroeiro universal do clero, São João Batista Vianney, canonizado em 1929. Neste mês de agosto, dedicado a motivar e repropor o chamado vocacional, iniciamos com a súplica ao Senhor da Messe que desperte em muitos jovens e adultos o nobre desejo de ser padre, imagem de Cristo, pastor e servidor da comunidade.
Poder-se- ia pensar que, numa sociedade midiática e profundamente secular, não há mais lugar para o sacerdote. Estaríamos equivocados e tremendamente enganados, pois nunca foi tão premente a necessidade de sinais vivos do absoluto diante da cultura da não verdade, profetas do amor misericordioso de Deus diante da indiferença e do descarte dos pobres e considerados sem importância, servidores disponíveis para vencer a busca desmedida do poder dominação.
Pais espirituais que reunifiquem e formem comunidades vivas sedentas do Deus Amor, de vínculos de fé que transcendam a hegemonia do efêmero e do líquido que se esvai e se dissipa sem construir nenhum laço ou amizade. Precisamos de amigos de Deus e das pessoas, que testemunhem a fraternura, a irmandade e filiação que procede do Pai das misericórdias, que nos reconstitui como povo e família. Serão sempre preciosos e insubstituíveis porque nos dão o perdão de Deus e o Pão da Vida, porque são portadores e homens da Palavra que revela o sentido e o fim da nossa caminhada.
Sim, a aventura da eternidade, que coloca padres na nossa vida e caminho, será sempre uma benção do céu, um sacramento da bondade divina, uma fonte de graças que apontará sempre para o Bom Pastor que continua chamando, para as fileiras do seu Reino, novos pescadores e apóstolos sequiosos de almas e de uma humanidade liberta e restaurada plenamente em Cristo. Que tenhamos sempre em nosso coração um grande apreço e reconhecimento pelos sacerdotes que passaram pela nossa vida. Deus seja louvado!
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)