Vivemos cercados de dúvidas e às vezes as dúvidas nos arrastam a tomar decisões erradas
Duvidamos de tantas coisas: a qualidade deste celular, as notícias sobre o futuro contrato de um atleta, a credibilidade da previsão do tempo para amanhã, a força ou fraqueza da moeda do próprio país.
Duvidamos das pessoas: a honestidade deste político, a sinceridade deste “amigo”, a força de vontade de um familiar na hora de cumprir a sua última promessa, a competência do médico que garante que tudo vai correr bem com aquela operação.
Vivemos cercados de dúvidas. Dúvidas de pouca importância, se o assunto não nos afetar seriamente. Dúvidas que nos preocupam: não temos clareza quanto à data do último dia para apresentação da declaração de imposto.
Podemos tirar algumas dúvidas com mais ou menos facilidade. Basta ligar por telefone, consultar páginas “oficiais” da Internet, abrir um livro bem feito.
Outras dúvidas duram mais. O chefe do trabalho foi sincero quando afirmou que este ano não haveria demissões na empresa?
Não gostamos de dúvidas, porque elas causam falta de clareza. Sem clareza, a vontade não sabe qual opção é melhor. Sem decisões, existe o perigo de paralisia. E se há paralisia, o tempo não perdoa: perdemos um ou vários dias porque não tomamos uma decisão importante a tempo.
Também não gostamos deles porque às vezes as dúvidas nos arrastam a tomar decisões erradas. Se não estava claro qual candidato iria melhorar o país, votar simplesmente por simpatia ou intuição poderia levar a uma amarga decepção.
Por isso, em meio às confusões e dúvidas da vida, diante das notícias confirmadas hoje e negadas amanhã, ansiamos por luz, pistas precisas, ajudas e palavras que excluam o errôneo, que superem as trevas e que tragam nos aproximamos da verdade.
Não só queremos ajuda, mas também queremos ajudar os outros. Seremos capazes de fazê-lo na medida em que caminhemos com cautela e evitemos opções precipitadas. Acima de tudo, se aprendermos a buscar seriamente como e com quem avançar, mesmo que seja apenas alguns centímetros, longe do cerco das dúvidas e mais perto do horizonte da verdade.
Por: P. Fernando Pascual