A famosa ideia que nos convida a aprender com nossos próprios erros está alicerçada em três pilares constitutivos.
A primeira: saber distinguir entre acertos e erros, entre atos bons e atos ruins, entre o que funciona e o que atrapalha.
Assim, ao iniciar uma dieta e sentir os efeitos nocivos à nossa saúde, concluímos que essa dieta não era a exigida, e que haveria uma alimentação melhor.
Ou ao enviar uma mensagem a um familiar, uma mensagem que procurava melhorar as relações, e depois verificar que o familiar reage com desprezo, pensamos que talvez tenhamos errado na substância ou na forma ou no momento.
O segundo pilar: assumir que um erro foi causado por si mesmo, para que eu fosse responsável por suas consequências danosas.
Por exemplo, se eu acho que levei meus documentos com pressa para o hospital e então percebo que estou perdendo o mais importante, poderei reconhecer que foi minha pressa e falta de reflexão que me levou a isso resultado negativo.
O terceiro pilar se baseia nos anteriores: se houver erros, e se eu fui a causa de um deles, posso identificar o que preciso mudar para evitar novos erros no futuro.
É nisso que consiste aprender com os próprios erros: saber colocar meios concretos que me tornem mais ponderado, menos impaciente, mais prudente, mais disciplinado.
Nem tudo se resolve com um propósito firme, pois há erros, principalmente se forem morais (como os pecados). que surgem de maus hábitos que não são facilmente extirpados.
Mas os propósitos de alteração, em muitos casos, levam a melhorias nas próprias disposições e a atos pensados e decididos corretamente.
É por isso que, antes de cada erro, precisamos refletir com calma sobre suas causas, ver como podemos evitá-lo no futuro, tomar resoluções que nos separem dele e confiar em Deus, que sempre nos ajuda e nos acompanha o caminho de cada dia para a plenitude do bem e do amor.
Pe. Fernando Pascual