Não há nada mais importante na nossa vida do que fazer a vontade do Senhor…
Como já acontecia com os profetas, o apelo de Jesus à oração e à penitência não visa primariamente às obras exteriores como as cinzas, os jejuns e as mortificações, mas sim à conversão do coração.
Conversão
Somos chamados a ter um coração compenetrante, e a penitência nos fortalece no combate contra os pecados que, muitas vezes, encontram morada naquilo que são as nossas fraquezas.
Devemos ter a necessidade da mudança interior, de realizar a penitência por amor a Deus e ficar atento a toda faísca de orgulho que possa estar em nós, assim venceremos todos os combates e insídias de satanás.
É preciso combater o orgulho, e a penitência tem essa função de nos levar à humildade, pois é o que está no coração. O reconhecimento das próprias limitações e a pequenez que fazem da penitência uma atitude que nos une a Deus e domina o eu.
O caminho da mortificação
O parágrafo 2015 do Catecismo da Igreja Católica nos ensina que o caminho da perfeição passa pela cruz, e não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso espiritual envolve a mortificação que nos leva gradualmente a viver a paz e a alegria das bem-aventuranças.
Um santo dos nossos tempos, São João Paulo II, no ano de 2000, ao elevar os dois pastorinhos de Fátima à glória dos altares fez questão de realçar a generosidade com que ambos, a pedido de Nossa Senhora, se entregaram à penitência pelos pobres pecadores. Também fez questão de destacar que grande era o pequeno Francisco que deseja reparar as ofensas dos pecadores com sacrifícios de oração.
Exemplo seguido pela própria irmã Jacinta dizendo a Francisco, pouco antes de sua morte, que dava muitas saudades minhas a Nosso Senhor e a Nossa Senhora, e a diz que sofro tudo o quanto eles quiserem para converter os pecadores.
Renúncia
A penitência e renúncia nos afastam da vontade própria e abrem em nós a alegria e o entusiasmo para acolher a vontade de Deus. Não há nada mais importante na nossa vida do que fazer a vontade do Senhor.
Que Ele possa tocar na nossa alma, em nossos impossíveis, e nos conceda a graça da libertação pelo jejum e mortificação de tudo aquilo que tem tirado a sua paz. Quando a prova e a batalha chegar Deus é maior.
A Palavra de Deus nos mostra, em Tobias 12,1-15, o poder do jejum. Quero desafiar você, durante este ano de 2019, a jejuar um dia por semana, portanto, não pode ficar “a pão” e água. Durante um dia, faça o sacrifício de oferecer um líquido ou um alimento que goste muito como forma de penitência, e verá o quanto Deus vai agir.
Ironi Spuldaro
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