A oração que brota da fé

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Material para catequese
Material para catequese

Jesus insistiu na necessidade de rezar; É um dos temas que aparece frequentemente na sua pregação. A sua insistência não se baseia apenas nos seus profundos ensinamentos sobre a oração, mas também na sua vida inteiramente dedicada a procurar momentos de comunicação com Deus.

Como demonstra a vida de Jesus Cristo a oração é a nossa condição de filhos de Deus. Os filhos conversam com os pais e a oração visa em todos os momentos ativar o nosso relacionamento como filhos de Deus.

A oração não consiste principalmente em experimentar coisas ou ter revelações especiais, mas em desenvolver essa consciência e sentir Deus como nosso Pai. Quando rezamos, Jesus nos leva a experimentar Deus não como uma energia, nem como uma entidade fria – como o juiz perverso da parábola – mas como um Pai misericordioso que fará justiça sem demora ao ver a aflição de seu povo, filhos. Vamos orar, antes de tudo, para encontrar Deus que descobrimos como verdadeiro Pai.

Podemos ter muitas necessidades, mas temos é fortalecer o relacionamento com Deus, a necessidade do amor do Pai que nos é concedido na oração. O propósito da oração é estar com Deus, manter a amizade com Ele e sentir cada vez mais a necessidade de nunca nos separarmos Dele.

A primeira coisa que devemos ver na oração é que antes de obtermos qualquer coisa e recebermos as bênçãos que pedimos em oração, temos Deus.

A Importância da Oração: Como Alcançar a Salvação e Fortalecer a Fé

Portanto, desde o primeiro momento a oração produz frutos de salvação porque nos faz entrar na presença de Deus, nos prende pouco a pouco naquele diálogo com o Senhor e nos leva a experimentar o seu amor santíssimo que nos inspira na vida. Deus nos chama e nos espera nos momentos de silêncio que devemos encorajar para ir ao seu encontro.

Uma vez fortalecida a nossa consciência de filhos de Deus que chegam à sua presença em oração, surge a segunda característica. Na oração temos que aprender a ser perseverantes e insistentes. Não podemos nos cansar ou abaixar os braços, pois somente perseverando na oração e sendo apoiados por nossos irmãos nos momentos de fraqueza – como Aarão e Hur que seguram os braços de Moisés – poderemos superar as adversidades e receber as bênçãos que eles merecemos tanto, pedimos a Deus.

Neste ponto alguns podem perguntar: se Deus é amor e misericórdia, por que implorar tanto? Deus é surdo como aquele juiz perverso do evangelho? Por que ele não nos ouve na primeira vez se pedimos com sinceridade e devoção? Por que Deus não vê a nossa aflição e as injustiças que estamos sofrendo? Teremos que insistir em dobrar a Deus “que é feito de mendicância”?

Para responder a estas perguntas difíceis que se tornam dolorosas no caso de alguns irmãos que enfrentam situações delicadas na vida, devemos recordar o ensinamento de Jesus que insistiu que a relação primária do homem com Deus ocorre através da fé.

Amor, confiança e oração brotam da fé. Portanto, Deus não faz ouvidos surdos, mas quer ser a fonte e o fundamento da nossa fé. Uma oração que não brota da fé dificilmente será ouvida.

A Sintonia da Fé

Daí a necessidade de ir ao fundo de nós mesmos para aprofundar a nossa fé. Para que ela surja com força até chegarmos a expressar aquelas orações que Deus espera, orações e súplicas movidas pela fé, não simplesmente por necessidade, nem muito menos por superstição. Mas pela fé autêntica que nos faz amar o Senhor, saber que somos seus filhos e esperar pela sua resposta.

Deus sempre nos ouve, não fica surdo e indiferente às nossas orações como o juiz perverso, mas é importante orar com fé. A oração deve nascer da fé, da confiança absoluta de que Deus nos escuta e que através do seu amor infinito nos ajuda na vida. Não deve surgir simplesmente da necessidade, do desespero ou do interesse pelas coisas materiais.

Podemos recorrer a uma grande mestra de oração, Santa Teresa de Jesus para recordar a primeira característica que apontamos sobre a oração: “Só a oração não é fugir de ninguém, mas ir em direção a Alguém. Não é ausência, mas presença. É estar com Ele, com Deus.”

Não deixemos de confiar nesse Deus amoroso porque, como nos lembra o santo de Ávila: “Persistir na oração sem recompensa não é uma perda de tempo, mas um grande ganho. É um esforço para não pensar em si mesmo e apenas dar glória ao Senhor”.