Podemos definir o termo MISERICÓRDIA de três formas. A primeira é uma definição estritamente teológica: Deus está presente nas misérias do coração humano. A segunda, mais teórica, nos ensina que ela se torna sinônimo de compaixão=sofrer com, padecer com. A terceira nos foi dada pelo papa Francisco no seu primeiro Ângelus – 17 de março de 2013: “A misericórdia consiste em que Deus nunca se cansa de perdoar“.
Misericórdia é amor em forma de perdão. No Antigo e Novo Testamentos inumeráveis atos de misericórdia nos são mostrados pelos escritores sagrados, a ponto do Salmista exclamar, exultar e nos convidar a todos a repetir sempre: “Dai graças ao Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia”. (Salmo 117,29)
Algumas citações do Evangelho:
“Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?22. Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” (Mateus 18,21-22)
“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará.” (Mateus 6,14-15)
“Não devias também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti?” (Mateus 18,33)
Jesus disse também a seus discípulos: “Se teu irmão pecar, repreende-o; se se arrepender, perdoa-lhe. Se pecar sete vezes no dia contra ti e sete vezes no dia vier procurar-te, dizendo: Estou arrependido, perdoar-lhe-ás.” (Mateus 17,1a.3-4)
Existe maior misericórdia como fruto do perdão e da paciência do que esta manifestada por cada um de nós sempre? Deixo o encerramento desse texto com Jesus, nas palavras proferidas no final da parábola do Bom Samaritano: “Vai, e faze tu o mesmo” (Lucas 30,37c).
Paz e Luz
Antonio Luiz Macêdo
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Antonio Luiz Macêdo