Texto inspirador: “O pai e a mãe de Jesus estavam admirados, com o que diziam a respeito dele. Simeão os abençoou, e disse à Maria: esse menino será causa de queda e reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. (Lc 2, 33-34)
Jesus, ao vir ao nosso encontro, pela encarnação, poderia ter chegado de diversas maneiras. Mas, Ele preferiu a família como a melhor instância, para fazê-lo. Quis nascer de uma virgem mãe e ter um pai, mesmo que adotivo. Valorizou, ao máximo, a família, como a primeira escola de virtudes cristãs, a grande faculdade de aprendizagem dos valores humanos e sociais. Não por nada, no último dia do ano, a Igreja nos apresenta a modelar “Sagrada Família”, como protótipo da melhor convivência.
O papa Bento XVI, a denominou de “patrimônio da humanidade”. Afortunados, são os filhos, que puderam nascer numa família autêntica. Posso e devo afirmar que os santos e santas, tiveram a graça de procederem de famílias, que foram escolas de integral formação humana e cristã. Mas, também, devo afirmar, que muitos dos piores criminosos, facínoras, têm origem de famílias divididas ou mal formadas.
O matrimônio é vocação e a família, missão dela resultante. A Sagrada Família, nos é apresentada, no Evangelho de hoje, como o melhor modelo. Jesus, nela, nasceu e cresceu em sabedoria, graça e virtudes. Ela foi escola de verdadeira convivência amorosa e cristã.
Não estava isenta de dificuldades ou problemas, como bem o predisse, o justo Simeão. (Lc 2, 24). Lamento que haja, hoje, tantos atentados contra a santidade da família: divórcios e novos tipos de agrupamentos familiares.
Tenho respeito, pelos que pensam de modo diferente, da palavra de Jesus, mas tenho o direito de pensar, a partir do Evangelho. Parabéns a todos os que lutam por autênticas famílias cristãs: que tenham um feliz e abençoado ano novo (2024), pleno de grandes realizações.
+ DOM CARMO JOÃO RHODEN, SCJ
Bispo Emérito de Taubaté- SP