A “hora” de Jesus

Material para catequese
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Segunda-feira da quinta semana da Quaresma

Mas ninguém o prendeu, porque sua hora ainda não havia chegado. João 8,20

Esta linha curta vem no final do Evangelho de hoje depois que Jesus, mais uma vez, confrontou diretamente os fariseus. Ele os confronta, nesta situação, falando a verdade de Sua união com o Pai e o poder e autoridade que Ele tinha por causa dessa união. Os fariseus tentam confrontá-lo e desafiá-lo, mas Ele fala a verdade de volta para eles em linguagem clara. Sua resposta às palavras de Jesus não está registrada, mas é claro que eles não sabem o que dizer e é claro que eles permanecem céticos e desejosos de prender Jesus.

Esta passagem citada acima revela-nos a profunda verdade de que nem a malícia dos fariseus nem a de qualquer outra pessoa poderiam triunfar, pois a “hora de Jesus ainda não havia chegado”. O que isso significa? Aqui estão duas verdades que devemos tirar desta linha.

Primeiro, a malícia não pode dominar a vontade de Deus. Visto que Deus Pai não permitiu a prisão de Jesus naquele tempo, aqueles com más intenções eram impotentes para fazê-lo. Jesus foi capaz de falar clara e abertamente, desafiando os fariseus com a verdade, e eles não podiam fazer nada para pará-lo. Embora Suas palavras os tivessem picado no coração, eles não podiam fazer mais do que ouvir e crescer com raiva e obstinação em relação ao nosso Senhor. Mas eles não podiam prejudicá-lo. Isso mostra que Deus está finalmente no controle até da malícia alheia e só permitirá que a malícia pareça triunfar quando Ele vê algum propósito maior para permitir que tal coisa aconteça.

Em segundo lugar, revela que há uma “hora” vindoura quando Jesus será entregue aos homens pecadores. Mas no Evangelho de João, esta hora não é uma hora de vergonha e desgraça para Jesus; antes, é uma hora de triunfo total sobre o pecado e a morte. De uma perspectiva mundana, sabemos que Sua hora de prisão, perseguição e crucificação assume a aparência pública de horror e desgraça por Jesus. Parece que Ele perdeu e os fariseus venceram. Mas, da perspectiva de Deus, que é a única perspectiva verdadeira, Jesus triunfa gloriosamente. De fato, o Pai finalmente permite que a malícia dos fariseus seja o instrumento da glorificação de Jesus através dos sofrimentos que Ele suportou nesta hora. Do ponto de vista divino, Sua hora não se torna de derrota; antes, torna-se uma das vitórias finais.

Reflita hoje sobre a próxima hora de Jesus. Em breve, entraremos nas glórias da Semana Santa e ponderaremos, mais uma vez, que o Pai permitiu que Jesus penetrasse no mais cruel sofrimento e morte imaginável. Nós seremos confrontados com o aparente escândalo de Sua prisão e a ilusão da vitória dos líderes maliciosos do dia. Mas a vitória deles é apenas uma ilusão, já que a vontade permissiva do Pai tinha outras intenções. Comece a preparar-se para esta celebração anual da hora de Jesus e entre nela com a maior confiança e fé.

Senhor, eu te glorifico pela tua sabedoria e poder e regozijo-me na perfeita vontade do Pai Celestial. O Pai enviou-o em uma missão de redenção e salvação e permitiu que você finalmente sofresse e morresse. Mas através desse sofrimento Ele trouxe a vitória final sobre a morte e todo o mal. Dá-me fé para conhecer e acreditar nesta verdade com todo o meu coração. Abençoe esta vinda Semana Santa, querido Senhor, e permita que eu me regozije em Sua gloriosa vitória. Jesus eu confio em vós.