Havia, certa vez, um mendigo que andava pelas ruas pedindo esmola. Ele sempre reclamava da sua pobreza. Carregava nas costas uma mochila.
Um dia, apareceu-lhe a Fortuna. Ela lhe disse: “Há muito tempo venho querendo ajudá-lo. Segure sua mochila enquanto eu despejo nela umas moedas de ouro. Mas só faço isso com uma condição: O que ficar na mochila será ouro puro, mas o que cair no chão vai virar poeira”.
“Combinado”, respondeu o mendigo. “Então tome cuidado” insistiu a Fortuna. “Sua mochila é velha. É melhor não enchê-la muito”.
O mendigo estava tão contente que quase não cabia em si. Abriu a mochila e uma torrente de moedas de ouro foi sendo despejada. Logo a mochila foi ficando pesada.
“Já é o bastante?” perguntou a Fortuna.
- “Ainda não.”
- “Mas a mochila já está começando a se romper!”
- “Só mais um pouquinho.”
Caiu mais uma moeda e a mochila se rompeu. O tesouro caiu no chão e virou poeira. Nessa hora, a Fortuna já havia desaparecido.
Agora o mendigo só tinha mesmo a mochila vazia, e ainda rasgada. Estava mais pobre do que antes.
“Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, pois mesmo que se tenha muitas coisas, a vida não consiste na abundância de bens” (Lc 12,15).
É mera sombra o amor de todas as mães a seus filhos, quando comparado ao de Maria para conosco.